Basquetebol Sporting vence pela primeira vez na Dragão Arena e adianta-se na meia-final
Com uma vitória por 80-88 (18-16, 14-29, 26-17, 22-28) no Jogo 1 da meia-final do play-off da Liga Betclic, no qual sobreviveu à passagem do furacão Max Landis na 2.ª parte - marcou 24 dos seis 29 pontos após o intervalo, 13 no 4.º período e 8 de forma consecutiva -, o Sporting foi à Dragão Arena retirar a vantagem do fator casa ao FC Porto na série.
É a primeira vez que os leões ganharam no recinto do adversário esta época depois de dois desaires nas fases anteriores: regular (91-89) e 2.ª fase Grupo A (72-71). Mas, na verdade, contando com as semifinais do play-off da temporada 2021/22, o Sporting contabilizava já quatro derrotas no pavilhão do adversário.
O último triunfo na Dragão Arena datava de 30 de abril de 2022, quando o conjunto então orientado por Luís Magalhães, venceu por 70-71 no Grupo A da 2.ª fase. Quanto aos confrontos desta temporada, onde se inclui a meia-final da Taça Hugo dos Santos, ganha pelos verdes e brancos que viriam a conquistar o troféu, o score está em 3-3.
Sem que as equipas tivessem sofrido qualquer derrota nos quartos de final, Pedro Nuno teve rapidamente de fazer uma adaptação ao cinco inicial, retirando o jovem André Cruz aos 59s e fazendo entrar João Fernandes (1 pt, 4 res). Com isso equilibrou a estatura dos elementos em campo.
Situação que, na 2.ª parte, os donos da casa não souberam explorar ao máximo nas sucessivas ocasiões em que Diogo Ventura (11 pts, 5 res, 5 ass) ficou a defender Miguel Queiróz (9 pts, 8 res, 2 ass) na área pintada.
Num encontro em que os dois conjuntos procuraram jogar em velocidade, mas onde os portistas sentiram bastantes dificuldades em acertar nos lançamentos de três no 1.º tempo, 2/7 em triplos no quarto inaugural e 3/13(!) no seguinte – terminaram com 9/29 (31%) -, a pressão defensiva dos lisboetas limitava igualmente a ação dos locais no jogo interior, com Michael Finke (5 pts, 5 res) e Brian Conklin (4 pts, 3 res) bastante abaixo do habitual.
O primeiro grande reflexo disso surgiu no 2.º quarto em que, após o FC porto ter chegado à liderança de 21-10 num triplo de Landis (2 ass), um parcial de 1-12, com destaque para as ações de Joshua Patton (8 pts, 7 res, 3 ass), Travente Williams (14 pts, 4 res) e Marcus LoVett, os homens de Pedro Nuno Monteiro provocaram o primeiro safanão no placard e obrigaram Fernando Sá a gastar dois descontos de tempo.
Mesmo assim, não impediram que, pouco depois, Eddy Polanco colocasse os forasteiros a liderar por 17 (22-34), vantagem máxima do encontro.
Os dragões, que até ao intervalo (32-43) já haviam mostrado reação à diferença pontual apesar de contabilizarem 12 turnovers (só cometeram mais 2 na 2.ª parte), não abanaram e, no esforço de Landis, por vezes aproveitando sucessivos bloqueios para ficar liberto para o tiro exterior ou atacar o cesto, regressaram à luta colocando a desvantagem abaixo das dezenas ao longo do 3.º período. Momento em que Max assinou 10 dos 26 pontos dos portistas.
No arranque do último período, foi, uma vez mais, Landis a ter de converter 2 dos seus 6 triplos, em 12 tentativas, para que os visitados alcançassem a igualdade em três ocasiões (66-66. 68-68 e 76-76).
O FC Porto parecia, finalmente, capaz de assumir o comando em mais um lançamento de três pontos de Max Landis a 4.40m do fim (76-76). Algo que não conseguia desde os 18-16. Além do público ter reentrado no jogo, a favor tinha ainda o facto de António Monteiro (3 pts, 5 res) e Travante terem sido, entretanto, excluídos com cinco faltas.
Só que os lisboetas não se enervaram e num triplo de Ventura e ações de Polanco e do explosivo LoVett (22 pts, 4 ass), lançaram um decisivo parcial de 0-7 (76-84) em que aproveitaram ao máximo más decisões de lançamento dos rivais, tanto de baixo da tabela como de fora, para assegurar a preciosa vitória antes do Jogo 2 de terça-feira, na Dragão Arena.
Note-se que para além de ter tido melhor eficácia em lançamentos de três pontos (6/13, 46%), opção de onde não forçaram, o banco dos leões contribuiu com 31 pontos, contra 23 dos locais. Os 15 turnovers dos dragões proporcionaram 18 pontos ao Sporting que acabou por registar 42 pontos na área restritiva, 26 deles no 1.º tempo.