Verdes e brancos ganharam o primeiro encontro da 2.ª fase do Campeonato Placard levando uma vez mais a melhor no dérbi lisboeta com o Benfica um dia após o FC Porto manter a corrida ao título sem permitir deslizes
Depois do Benfica ter sido a única equipa a derrotar (38-34) o campeão Sporting na fase regular do Campeonato Placard Andebol 1, havia alguma expectativa quanto ao confronto, no Pavilhão João Rocha, no embate a contar para a 1.ª jornada da 2.ª fase. Mas, afinal, não houve surpresa.
Se há uma semana os leões haviam eliminado o grande rival de Lisboa (41-36) em partida dos oitavos de final da Taça de Portugal, desta feita impuseram-se por 34-30 (16-14 ao intervalo), mantendo-se no comando do Grupo A com os mesmos 35 pontos que o FC Porto – na véspera bateu o Marítimo por 29-36 –, e tendo o Benfica (31) no 3.º posto, seguido pelos madeirenses (27).
Foi sem querer entrar em grandes correrias, por vezes até abdicando de surpreender o adversário num ou outro ataque-rápido, que os visitantes apostaram desde o minuto inaugural. Não desejavam erros. Não se deram mal.
Aproveitando falhas técnicas dos de Alvalade, Ander Izquierdo (3) e Egon Hanusz (6) ajudaram os encarnados a chegar à liderança por 4-6, a que os verdes e brancos, menos eficientes a defender, permitindo alguns espaços para remate, e com problemas em concluir ataques organizados, falharam ao não tirar partido do cartão vermelho a Alexis Borges, como de mais das exclusões de 2m do adversário.
Treinador do Sporting elogia a exibição de Gustavo Capdeville na baliza contrária, mas sabe bem quando o dérbi em Alvalade passou a correr a favor dos leões. Falhas técnicas que Jota González também reconheceu terem contribuído para o desaire dos encarnados.
O Benfica controlava o ritmo do dérbi e tendo em Ole Rahmel (4) um eficiente concretizador de livres de 7 metros, voltou a deter uma diferença de 2 (8-10) noutra concretização do alemão.
Afinal, acabou por ser o começo da reviravolta dos donos da casa que, num parcial de 6-2 (14-12), com dois golos de Salvador Salvador (7), nunca mais voltaram a ficar em desvantagem.
Se ao intervalo foram para o balneário a comandar por 16-14, quando chegaram à vantagem de três no recomeço da partida estavam já à espera da aposta no sete contra seis por parte das águias. Ricardo Costa preparára bem a equipa para essa opção tática e, pressionando um pouco mais para provocar perdas de bolas, assim como outras falhas técnicas dos da Luz, apenas tiveram de cumprir uma ordem simples: colocar a bola o mais rápido possível em Salvador. Não podia ter corrido melhor.
O lateral fez voar a bola sobre todos - por duas ocasiões, e ainda repetiu outra mais à frente -, para aproveitar a falta de Gustavo Capdeville na baliza. Num ápice uma sequência de 4-0 (24-17) desequilibrou, definitivamente, o encontro.
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Mais um golo de Salvador registou a diferença máxima a oito (30-22) e se nos últimos cinco minutos, com destaque para Hanusz, os visitantes, onde Capdeville registou 15 defesas, chegaram a reduzir os estragos a metade, deveu-se mais a uma quebra de concentração e atitude do adversário do que propriamente superioridade técnica.
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