O selecionador português de basquetebol, Mário Gomes, reforçou a confiança na qualificação para o Eurobasket de 2025, cuja fase de apuramento arranca em jogo frente a Israel na quinta-feira, a partir das 19.15 horas, a contar para o Grupo A, a disputar no Pavilhão Multiusos de Odivelas. «O responsável por se ter traçado este objetivo fui eu. Ninguém traça objetivos se não acreditar que os vai conseguir alcançar. Agora, para um objetivo ser efetivamente um objetivo, não basta dizer que queremos isso. Temos de traçar um caminho e percorrer esse caminho. Ao longo desse caminho, a confiança que tinha nessa altura, de que era uma meta que podemos e temos condições para alcançar, foi-se reforçando», afirmou Mário Gomes. Portugal procura a quarta participação no campeonato europeu de basquetebol, depois de presenças na competição apenas em 1951, 2007 e 2011, precisando de se classificar nas três primeiras posições – em quatro – do agrupamento em que se integram ainda Eslovénia, Ucrânia e Israel. «Antes de começar esta janela, vim para aqui com toda a confiança e, depois dos três dias de treino, a equipa mostrou-me que está pronta para jogar, pela forma de treinar. A confiança que trazia aumentou. Tenho toda a confiança de que nós vamos conseguir. Sabemos que é muito difícil e ninguém nos vai dar nada, mas temos de ter objetivos. As coisas nem sempre correm como queremos, mas não podemos desistir dos nossos objetivos e esta equipa tem-se mantido fiel a esse princípio», sublinhou o selecionador nacional. A dupla jornada de qualificação arranca frente a Israel e Ucrânia (no próximo domingo, na Arena Riga, na Letónia, às 19.00 horas), duas seleções com a preparação afetada pela guerra em que estão envolvidos os dois países, mas o selecionador considerou que se encontram «em igualdade de circunstâncias», analisando Israel, que «joga junto há muito tempo», com jogadores e treinador bicampeões europeus no escalão sub-20. «Eles gostam de jogar em campo aberto. O primeiro objetivo é pô-los a jogar em meio-campo. São fortes no contra-ataque e não tão fortes na preparação defensiva. Quando não tivermos situações claras para tentar concretizar em campo aberto, teremos de os moer na defesa, atacar com paciência, disciplina tática, organização e selecionar bem os lançamentos». Sem poder contar com Neemias Queta, mas com as novidades na convocatória Rúben Prey e André Cruz, Mário Gomes afirmou que a receção a Israel, apesar de importante, não tem ainda um caráter decisivo, esperando-se o pavilhão cheio no apoio a Portugal. «Obviamente que é importante e jogar em casa tem de ser uma vantagem. Como não é possível andar nisto sem objetivos, também não é possível competir sem ter pressão. Espero que o ambiente e o apoio do público sejam uma vantagem para nós. Pedimos que apoiem a equipa em todos os momentos, especialmente quando as coisas possam tremer um bocadinho. O que temos para dar é o nosso máximo, para tentar ganhar e dar uma alegria a toda a gente que aqui estiver», apelou o selecionador nacional.