Diogo Rêma até começou o Mundial a titular, mas tem passado grande parte dos jogos no banco a assistir a grandes exibições de Gustavo Capdeville, numa caminhada invicta de Portugal que já assegurou a melhor classificação de sempre em Campeonatos do Mundo. Nesta sexta-feira, porém, o guardião de 20 anos saltou para a baliza ainda na primeira metade da primeira parte e transformou-se em figura na vitória histórica sobre a Espanha (por ser a primeira em jogos oficiais) e que valeu a qualificação também ela inédita para os oito melhores do mundo. «Nos últimos jogos foi claro que o Capdeville esteve fantástico e conseguiu ajudar muito a equipa e eu só tinha de estar preparado para quando ele saísse da baliza. Foi isso que fiz. Tentei preparar-me mentalmente tal e qual como se estivesse a jogar», disse o guardião no final do encontro. Para ele, que perde duas finais de Europeus sub-20 precisamente contra Espanha, a vitória teve um sabor ainda mais especial. «Sim, sabe ainda melhor. Fizemos sempre excelentes caminhos nos dois europeus de sub-20, e perdemos sempre na final contra a Espanha. Agora chegar aqui e eliminá-los é fantástico», assumiu. Além de Rêma, outro menino brilhou a grande nível. Kiko Costa, de 19 anos, marcou oito golos em nove remates e não seria escândalo nenhum se tivesse sido ele a levar o prémio de melhor em campo. E Rêma, que é grande amigo do lateral com quem está constantemente em picardias saudáveis, disse-lhe isso mesmo. «Eu disse-lhe depois do jogo que também podia ser para ele. Andamos sempre picados durantes os treinos, mas é para evoluirmos mais. Mas é sem maldade, apenas para sermos cada vez melhores», explicou.
