Os Lusitanos, franquia da Federação Portuguesa de Râguebi (FPR), iniciam, pelo quarto ano consecutivo, a Rugby Europe Super Cup alinhados com os objetivos traçados desde a primeira edição: aproveitar o torneio dedicado a franquias e equipas profissionais europeias em desenvolvimento para criar uma base para a Seleção.Simon Mannix, selecionador dos Lobos, debutante na prova, e o capitão Tomás Appleton, presente desde a estreia, reiteram esse propósito para a competição que arranca sábado e termina a 20 de outubro, debaixo de um novo formado (ver caixa) e no qual os Lusitanos competem contra os campeões de todas as edições: Black Lions, projeto profissional da Geórgia; e os espanhóis do Castilla e Leon Iberians.«A necessidade de desenvolver os jogadores locais que atuam no campeonato nacional e concentrarmo-nos em combinar os talentos de sevens e XV» é a linha orientadora para que «estejam ao seu melhor nível para ajudar [os Lobos] na janela de novembro e na qualificação [em 2025]» para o Mundial da Austrália 2027, explicou A BOLA Mannix, neozelandês que assumiu os comandos de Portugal em abril. Os quatro jogos da Super Cup «serão uma grande oportunidade para alguns» apontou, na expectativa de ver «jogadores levantarem a mão e afirmarem-se preparados para a Seleção Nacional».Esta aposta é «um processo para, passo a passo, ajudar a progredir o râguebi português», atestou, sem esquecer que os Lobos recebem reforços nas competições internacionais. «Teremos cerca 20 jogadores em França com quem contamos», atirou o treinador que será coadjuvado por João Mirra. «É um grupo nacional, com os mesmos treinadores, preparadores físicos e técnicos», detalhou. Tomás Appleton alinha nas palavras do novo homem forte dos Lobos e dos Lusitanos. «O grande objetivo é ser sempre uma plataforma e uma base para a Seleção Nacional. Dar oportunidade a novos jogadores do campeonato para se mostrarem a um nível mais alto do que estão habituados e, ao mesmo tempo, é importante criar rotinas entre elementos que atuam no campeonato português, jogarmos sob as mesmas diretrizes e staff dos que atuam na Seleção. São os dois lados da importância dos Lusitanos», sublinhou o capitão. Appleton considera ainda «uma vantagem» defrontar georgianos e espanhóis, apesar da competição doméstica ainda não ter arrancado. «Tudo o que seja jogos competitivos é o que queremos e o foco é ser expostos ao mais alto nível. Faremos muitas estreias ao longo de dois meses e daremos oportunidades aos jogadores mais novos», antecipou.