Centro de 30 anos do CDUL e capitão da Seleção Nacional, Tomás Appleton revelou um «misto de sentimentos» ao falar com os jornalistas após o empate a 18 frente à Geórgia em partida da terceira jornada do Grupo C do Campeonato do Mundo de râguebi. «Começámos contra o vento, o que não ajudou, e perdemos todas as trocas de pontapés. E isso fez muita diferença. Passámos a maioria da primeira parte a defender e assim que arriscámos e começámos a jogar à mão marcámos um ensaio. Temos de arriscar mais, jogar à mão, jogar com os nossos pontos fortes e não o fizemos na primeira parte. Crescemos muito na segunda parte, galvanizámo-nos, mas não podemos oferecer os primeiros 40 minutos ao adversário», considerou o internacional português. «Fomos muito melhores na primeira fase do que no último jogo [contra Gales], mas ainda há muito trabalho para fazer, porque muitas vezes não conseguimos dar seguimento às nossas ações. Temos de ser mais pacientes quando chegamos aos 22 metros do adversário, estamos a ter muita pressa de fazer a bola chegar às linhas atrasadas e não podemos fazer isso. Temos de segurar a bola, construir fases e marcar», anuiu o camisola 12 dos lobos, triste e feliz ao mesmo tempo. «É um misto de sentimentos. Sabendo a história e percebendo o nosso lugar no ranking, não éramos favoritos para este jogo. Mas entrámos com tudo, tínhamos a vitória na cabeça. Estamos desiludidos, porque estivemos tão perto de fazer história com esta penalidade e, por outro lado, satisfeitos com o que fizemos. Mas não em euforia ou demasiado contentes. Queremos ganhar, não ser uma seleção que vem para participar. Deixámos escapar a vitória por entre os dedos, queríamos um bocadinho mais, mas continuamos a trabalhar para surpreender no próximo e no que vem a seguir», concluiu Tomás Appleton.