A seleção sul-africana, campeã mundial em título, entrou, este domingo, a vencer no campeonato do mundo de râguebi. Os Springboks, que ocupam a posição n.º 2 do ranking mundial, bateram a Escócia (5.º da hierarquia) por 18-3. No Grupo da Morte (B) do França-2023, um quinteto que integra ainda a Irlanda, líder mundial, a África do Sul estreou um novo equipamento, de cor verde esbatida num branco predominante, mas não mudou o ADN que tão bem caracteriza a seleção tricampeã mundial (1995, 2007 e 2019): fisicalidade, combatividade assente num jogo territorial e de posse. Características táticas e estratégicas essas que, de certa forma, ajudaram a explicar a abordagem conservadora na 1.ª parte e a curta e magra vantagem (6-3) sul-africana no fim dos primeiros 40 minutos. Os únicos três pontos escoceses tiveram a assinatura de Finn Russel, a cumprir o terceiro mundial, o mais inconformado da seleção liderada por Gregor Townsend. Um desaire que levará a Escócia a olhar para o embate com a Irlanda (no dia 7 de outubro, no encerramento da fase de grupos) como a mais que provável última oportunidade de passar aos quartos de final (passam as duas primeiras nações por grupo). Após mais uma indicação luminosa (variou de cor ao longo do encontro) por parte de Rassie Erasmus, diretor técnico dos Springboks e campeão do mundo em 2019, a guiar a decisão do capitão sul-africano na marcação das penalidades assinaladas, Pieter-Steph Du Toit (47’) marcou o primeiro dos dois ensaios sul-africanos e únicos do encontro. Três minutos depois, Kurt-Lee Arendse fez novo toque de meta, abrindo caminho para o pontapé de transformação do médio de formação, Faf de Klerk, 50.ª internacionalização com a camisola do emblema do antílope. Para a história fica a vitória da África do Sul (a 24.º vitória em 29 jogos frente à Escócia), mas sem ponto de bónus ofensivo, facto nada despiciente no grupo que integra três nações do top-5. Os sul-africanos regressam à ação no dia 17 frente à Roménia. A Escócia descansa e enfrenta o Tonga, dia 24.
