Não é Cristiano Ronaldo e futebol só jogou em pequeno, mas André Teixeira reconhece que ser compatriota do galáctico do Al-Nassr o ajudou na adaptação à Arábia Saudita, país no qual é o primeiro treinador português responsável pelos guarda-redes de andebol das seleções daquela nação. Um mês depois de emigrar levou os sub-19 a conquistarem a Arábia Cup, numa escapada a Portugal para assistir ao nascimento de Mateus, o primeiro filho, o técnico de 32 anos que deixou o Benfica para se aventurar no Médio Oriente esteve à conversa com a A BOLA no seu restaurante. «O efeito Ronaldo sentiu-se assim que lá cheguei e ajudou. Nos primeiros dias, quando dizia que era de Portugal, perguntavam logo… ‘Cristiano Ronaldo’? Coincidiu com a minha chegada ele marcar sete golos em dois jogos, então era a loucura. O pessoal já estava a ficar zangado, porque tardou a brilhar e tinham pago muito... Eles compram o resultado, não têm paciência para o processo. O efeito Ronaldo ajudou na adaptação, mas fui bem recebido. Estou a tentar a aprender árabe e deliram com isso. Conquistei os jogadores porque tentei falar a língua deles. Foi um ponto crucial e serviu de ponte para estabelecermos ligação», assumiu André Teixeira, ciente de ter muito trabalho pela frente. «Temos a Arábia Cup dos sub-21, escalão em que temos o Mundial da Alemanha e Grécia, em agosto, mês do Mundial de sub-19 na Croácia. É muito trabalho porque não têm nada estruturado em termos de método de treino. Tenho de começar tudo do zero. Estou a escrever uma metodologia para entregar à federação. Vai estar lá todo o meu trabalho e o meu conhecimento para que possam dar aos clubes, para que comecem a formar guarda-redes», explica. Leia mais na edição digital ou na edição impressa de A BOLA.
