A «ambição por uma força cada vez maior do andebol português» é, segundo Miguel Laranjeiro, presidente da Federação de Andebol de Portugal (FAP), o elo do sucesso da parceria do organismo com Paulo Jorge Pereira, que renovou no Porto o vínculo de selecionador nacional masculino até 2024/2025. À frente dos destinos dos Heróis do Mar desde 2016, o amarantino, de 58 anos, fez com que os portugueses descobrissem sucessivas rotas para seis grandes competições, com o sexto lugar nos Europeu de 2020 e o 10.º no Mundial de 2021, além da inédita participação olímpica nos Jogos de Tóquio-2020, como resultados de destaque. Habituado a ter o céu por limite no que toca às metas da Seleção, Paulo Jorge Pereira continua colocar balizas mais altas para a cada prova. «É com muito orgulho que continuo à frente dum projeto que já é longo, tem sido cansativo, mas muito gratificante. Seguiremos na mesma linha de trabalho e de procura de mais êxitos, no sentido de continuar a gerar a esperança que todos necessitamos. Temos o Campeonato da Europa aí à porta, portanto já estamos a pensar nisso, de forma a atingir mais um objetivo difícil que é chegarmos ao main round e depois, perseguirmos o objetivo primordial que é conseguirmos estar nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024», vincou o técnico que levou Portugal a três Europeus (2020, 2022 e 2024), dois Mundiais (2021 e 2022) e aos Jogos Olímpicos, naquele que é o maior número de qualificações consecutivas da Seleção. «Este é um momento certo para a renovação da ligação do selecionador nacional, Paulo Pereira, com a Federação de Andebol de Portugal. Depois da confirmação da sexta presença consecutiva numa fase final, de termos marcado presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, dos sucessos nas classificações de Portugal nos últimos anos e de um trabalho de equipa com toda a estrutura da FAP – este era o momento e uma consequência natural desse mesmo trabalho», exultou, por seu turno, Miguel Laranjeiro, grato pelo contributo do técnico «para uma imagem muito positiva do andebol português», nos últimos anos. Paulo Pereira chegou à Seleção a conciliar funções com a de treinador dos romenos do CSM Bucaresti, com os quais chegou ao título da Taça Challenge em 2018/2019, num duelo de técnicos nacionais lusos, dado que a final foi discutida com o Marítimo do seu adjunto Paulo Fidalgo. Campeão pelo FC Porto, emblema pelo qual também conquistou a Taça de Portugal e a Supertaça, o selecionador passou os conhecimentos no andebol feminino angolano e, com breve passagem no campeonato asiático no Kuwait. Agora, parafraseando Laranjeiro, vai continuar a trabalhar pçra «colocar Portugal no primeiro grupo do andebol europeu e mundial». Com o Europeu de 2024, na Alemanha, com o fito de assegurar presença no torneio pré-olímpico, a qualificação para o Mundial de 2025, é objetivo desta temporada. Não se pode prever o futuro, mas os números não enganam e com Paulo Pereira ao leme, Portugal subiu de 18.º para 11.º no ranking das seleções.
