Naide Gomes subiu ao relvado do Estádio José Alvalade para ser homenageada pelos 25 anos de ligação ao clube, uma surpresa que a deixou emocionada, principalmente por estar ladeada pelos filhos. «Foi muito bom, todos os adeptos aplaudiram e senti a energia da família sportinguista. Foi único e é gratificantes depois de tantos anos nesta casa como atleta e, agora, funcionária. Sempre fui muito bem tratada e se continuar aqui para celebrar os 50 anos será sinal de que estarei bem, de que estarei em casa», disse, em declarações ao jornal do clube. A atleta recordou, ainda, a prestação nos Jogos Olímpicos de Pequim, que ficou muito aquém das expectativas: «As pessoas não souberam na altura porque não quis dar desculpas, mas fraturei o pé um mês antes dos Jogos. Pensámos se valia a pena ir ou não, falámos com os médicos, fizemos o tratamento e foram momentos muito difíceis. Não conseguia treinar, não melhorava e até piorei, tive outra fratura de stress. O meu foco não estava na competição, mas sim em estar bem para competir. Todo o contexto era mau. No dia da competição tiraram-me a dor e, apesar de não treinar, estava em grande forma e fiz um aquecimento fantástico. No momento da prova, não sei o que aconteceu. Fiz nulo nos dois primeiros saltos e fiquei muito nervosa.» Naide Gomes é detentora dos recordes nacionais do salto em comprimento (7.12 metros), salto em altura (1,88 m)m heptatlo (6230) e pentatlo (4759), questionada sobre qual acha que vai perdurar mais tempo, foi direta: «O do heptatlo».