Jogo de Champions na cidade dos Templários. O Sporting de Tomar, clube em ascensão no panorama do hóquei patinado português, apesar deste ser de grande prestígio e gabarito na Europa e no Mundo, cometeu indiscutível proeza ao tombar o todo-poderoso campeão europeu FC Porto. E fê-lo sem contemplações e algum estrondo, ao recebê-lo no seu rinque nabantino, que já vai começando a ganhar fama de hostil, pelo ímpeto que os hoquistas da casa têm imprimido às suas atuações em especial nas duas últimas temporadas de exponencial projeção. Primeiro nas competições internas, e pelos visto agora também nas europeias, e ao mais alto nível, tão competitiva na Liga dos Campeões. Ontem, no seu pavilhão municipal, a equipa comandada pelo técnico Nuno Lopes começou por sofrer golpe do ilustre visitante. Aos 11 minutos, o stique do francês Carlo di Benedetto abriu o ativo para o FCPorto, no que poderia parecer a ordem natural das forças em confronto. Puro engano. O SC Tomar não demorou rebelar-se e empatou após três minutos por Franco Ferrucio - e oito volvidos pôs-se em vantagem, por Alexandre Marques. Atrás no marcador ao intervalo, o treinador Ricardo Ares tocou a rebate nas fileiras portistas e Di Benedetto mostrou que estava de stique quente na noite fria de Tomar e voltou a colocar tudo igual. Bola ao centro, ataque dos locais e segundo golo para Ferrucio, a adiantar o SC Tomar pela terceira vez no jogo. Prova de inconformismo dos nabantinos - se é que faltasse... - que levou ao quarto golo oito minutos depois (12’), por André Centeno. Cheirava a festa nos Templários, mas o inevitável Di Benedetto fez hat-trick e reposicionou os dragões na discussão. A emoção e a qualidade do hóquei dispararam no recinto e atingiram os píncaros quando Gonçalo Neto, a quatro minutos do final do jogo, deu a vitória aos tomarenses. Oliveirense deu-lhes a volta A Oliveirense teve de dar a volta ao marcador para vencer fora os franceses do Saint-Omer e manter a liderança do grupo. A equipa portuguesa entrou no jogo praticamente a perder, após sofrer golo no primeiro minuto e só restabeleceu a igualdade volvidos 17, por Diogo Abreu. Todavia, foi empate de pouca dura, pois os gauleses voltaram a adiantar-se alguns segundos depois. Só no arranque da segunda parte a Oliveirense arrancou para um triunfo justo (4-2). Valongo deixa-se empatar O Valongo perdeu oportunidade de somar a primeira vitória esta edição da Liga dos Campeões, deixando-se empatar em casa com os italianos do Lodi, quando parecia controlar a vantagem, ainda que tangencial. Os valonguenses ansiavam pelo êxito após derrota frente à Oliveirense (2-4) na ronda inaugural e colocaram-se na liderança aos 14 minutos, por Tiago Sanches, durante a pouco interessante primeira parte. O empate surgiu já após o descanso, por Morgan Antonioni (10’), mas os portugueses não deixaram de acreditar que era possível conquistar os três pontos frente aos transalpinos, que perderam no seu reduto com os franceses do Saint-Omer na primeira jornada. O golo de João Almeida aos 13’ compensavam essa crença, mas a igualdade por Giovannetti (2-2) apenas três minutos decorridos foram balde de água fria em Valongo. Galos tiveram de se alvoraçar Na Corunha, o OC Barcelos esteve a ganhar por dois golos sem resposta aos 19 minutos da primeira parte, no seguimento de uma entrada fulgurante em jogo frente a um adversário histórico sempre incómodo e ainda mais resiliente no seu recinto. O capitão Luís Querido e Daniel Oliveira colocaram os barcelenses em vantagem, mas aquela tenacidade típica levou os galegos à reação. Primeiro, ainda antes do intervalo (22’), reduziram para 1-2 por Pablo Cancella e chegaram com mérito ao empate por Luis Ricart nove minutos volvidos do reatamento. No entanto, o derradeiro quarto de hora foi totalmente do OC Barcelos, que desfez a igualdade por Miguel Rocha numa sticada aos 11 minutos da etapa complementar e Miguel Vieira fechou a contagem a três minutos do final (2-4), mantendo a equipa portuguesa a par do Barça no topo do grupo, que defrontará na próxima jornada na Cidade Condal.