Voleibol Fonte do Bastardo atira-se ao Sporting: «Foram inflexíveis»

Ainda a aguardar por deliberação do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Voleibol, Nélia Nunes, presidente da Fonte do Bastardo, quis apresentar a sua versão dos factos que, na véspera, resultaram no cancelamento do jogo 3 das meias-finais do play-off 2, entre o clube açoriano e o Sporting, por alegada intoxicação alimentar de oito elementos da equipa lisboeta que, de acordo com a dirigente, não aceitou alternativas apresentadas pelo seu clube.

«Acho que ficámos como os maus da fita e eles as vítimas, o que não acho correto. Lamento o sucedido, mas foram inflexíveis e tenho de defender os meus atletas, da mesma forma que quiseram defender os deles», apontou Nélia Nunes a A BOLA, relatando que «o Sporting chegou às 14 horas e a equipa toda fez aquecimento, como se vê nas imagens de vídeo», até ao momento que um dos elementos da equipa técnica entra em campo e «às 14.08 h, o Sporting informa que tem oito elementos com intoxicação alimentar» e não vai jogar. «Acredito na palavra das pessoas, não pedi nenhum comprovativo, acredito que o tenham feito aos delegados ou árbitros. O professor João Coelho [treinador] disse-nos a direção do Sporting não deixava que jogassem», acrescentou Nélia Nunes.

Com os jogos 2 e 3 da meia-final, disputada à melhor de cinco, marcados para a Terceira - o Sporting iniciou a contenda a ganhar em casa e a Fonte do Bastardo, como anfitriã, empatou na sexta-feira -, a dirigente diz ter apresentado soluções. «Propus que ficassem cá a recuperar e passássemos o jogo para quarta-feira. Recusaram, argumentando que não tinham hotel, disse que arranjaríamos alternativa, depois o problema eram os voos. Mesmo com penalização, achei que seria preferível alterar. Disse ainda que o jogo 4 [agendado para sábado, dia 1] podia passar para domingo. Nunca houve abertura, por isso depois recusámos os termos do Sporting. O resultado podia ter ficado 3-0 por falta de comparência, a realizar-se o jogo vai ser cá, faz parte do regulamento e não abdico. Espero que o CD delibera com celeridade, pois também temos viagens a tratar,  se necessário».