Começa este sábado a final da Liga de voleibol 2023/24 entre Benfica e Sporting com o primeiro jogo, à melhor de cinco, cujo vencedor de três será campeão. Série de dérbis que decidirá se serão as águias a alcançar o por si ambicionado penta ou os leões a reconquistar, enfim, o título, após quatro anos – o mais recente em 2017/18 -, precisamente o que dura a hegemonia do clube encarnado. O Benfica tem a favor o fator-casa, por ter terminado a fase regular do campeonato na liderança, e assim tem a vantagem de abrir, no seu recinto, a contenda na final, e de aí poder jogar três das cinco possíveis partidas. O treinador do Benfica, Marcel Matz, reconhece a importância de começar no Pavilhão n.º 2 da Luz, antecipando duelos equilibrados entre equipas arquirrivais que atingem a final num «bom momento» de forma. Prevendo uma final «longa», o espanhol considera que a sua formação está «extremamente habituada a estes acontecimentos, uma equipa tetracampeã», e que «muitos jogadores começaram este trajeto há cinco anos» sob o seu comando técnico e já adquiriram «a experiência de competir nestes momentos» e que a sua acumulação «traz bagagem, capacidade de resolver situações de grande intensidade». A «intensidade muito boa» que Matz diz que foi colocada nas últimas semanas de treinos dos encarnados e que faz com que os jogadores estejam «bastante focados, de forma a terem capacidade individual e coletiva para resolver as situações mais simples e as mais complexas». «Precisámos de trabalhar forte, para depois passar a ter um pouco mais de moderação, de maneira a deixar os jogadores prontos para estarem bem neste primeiro jogo», detalhou o treinador numa publicação no site do Benfica, alertando para a sequência de jogos aos sábados e quintas-feiras, «uma densidade competitiva que requer atenção», conclui. ‘Desafiar a liderança’ O Sporting chega a esta final com ascendente motivacional sobre o Benfica, por tê-lo vencidos nos dois jogos mais recentes, o primeiro na última jornada da fase regular, no Pavilhão João Rocha (3-0) e o segundo, mais importante, na final da Taça de Portugal (3-2). «Nestas finais, já sabemos o que esperar do Benfica e o nosso desafio é ousarmos colocar em causa essa liderança da modalidade. O adversário vai estar fortíssimo, não há jogos fáceis para nenhum dos lados. É verdade que é positivo termos quebrado um pouco essa dinâmica, essa espiral que existia. Mas o que está para trás já passou, chegamos bem à final, queremos discutir os jogos palmo a palmo, ponto a ponto, com os olhos postos na vitória», declarou João Coelho, treinador do Sporting em antevisão à deslocação à Luz. «A equipa está bem, está confiante e esperamos muito este momento, trabalhámos muito ao longo da época para chegar aqui nesta condição. A equipa está muito motivada para estes grandes jogos que definem uma época», refere o técnico leonino. «A pressão está muito mais do lado do adversário, tem muito mais obrigação. Mas nós temos uma palavra forte a dizer. É verdade que temos de ir buscar a vitória pelo menos num jogo fora, mas uma equipa com a mentalidade do Sporting tem de se preparar para ser necessário ganhar mais do que uma vez fora», referiu o técnico, para quem o primeiro jogo «é sempre muito importante», apesar de que «não se define o campeonato numa partida e é muito importante ter capacidade de dar resposta, de entrar com personalidade e discutir a vitória olhos nos olhos», afirma João Coelho. «Temos tido uma época em crescendo. Vimos de resultados bem consolidados, que não aconteceram por acaso, numa sequência de diversos meses de construção, em que o ambiente no seio da equipa é excelente. A motivação está em alta, a equipa está sólida, consegue jogar na dificuldade e serão certamente jogos muito duros, difíceis, mas temos de dar continuidade. Agora tem de ser o ponto alto e temos de nos superar um pouco mais para conseguirmos os resultados que muito queremos», acrescenta o líder verde e branco em declarações ao site do Sporting.