A Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) explicou nesta quarta-feira a razão pela qual o norte-americano Wesley Saunders viu a sua inscrição suspensa, o que o levou a rescindir com a Oliveirense, ele que deixou de jogar a 6 de dezembro, quando era o MVP do campeonato. Gil Cruz, diretor de comunicações da FPB, justificou a decisão, à qual a entidade é alheia, com uma questão extradesportiva. «A FPB tem acompanhado este processo desde o início e já há algum tempo foi transmitido que o jogador não podia jogar, porque tinha questões no seu registo criminal» que levaram a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) a decidir por impedir que Saunders continuasse a jogar em Portugal. O registo criminal do base de 31 anos inclui casos de condução perigosa e irresponsável, o que à luz da interpretação da AIMA impede o jogador de ser profissional em Portugal. «Tem a ver com a nova lei de imigrações e é uma questão que é transversal a várias indústrias, não é só o basquetebol. Portanto, há uma série de requisitos que são impostos pelo Governo, por via da AIMA, e que qualquer estrangeiro que queira vir a ser profissional para Portugal, pelo menos fora do espaço Schengen, tem de cumprir. E nós estamos à mercê disso, portanto, não há grande envolvimento da nossa parte, porque não é uma questão de natureza desportiva, se assim fosse, obviamente, teríamos outro à vontade para falar sobre o assunto», explica o mesmo responsável federativo. «As leis são as leis e neste caso e neste caso em concreto é uma questão que está exposta na lei, portanto, não há grande margem de manobra», lamentou ainda.