A tarefa era de elevada exigência e uma vitória adivinha-se difícil, mas «possível», como disse Mikkelsen na antevisão da partida frente ao colosso alemão, o Magdeburgo. Apesar de uma primeira parte de alto rendimento por parte dos campeões nacionais, o FC Porto perdeu contra os germânicos por 31-40, em jogo referente à 10.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Nos primeiros 30 minutos verificou-se o poderio dos detentores do título, não por um domínio do encontro, mas sim por castigarem os erros cometidos pela formação de Carlos Resende, com Ómar Magnussen a destacar-se do lado adversário. Ainda assim, a nível ofensivo, os dragões mostraram-se muito eficientes, nunca deixando os líderes da Bundesliga distanciarem-se no duelo. À ida para o intervalo, apenas três golos separavam as duas equipas (16-19). A vinda dos balneários não serviu a formação lusa e voltou a evidenciar-se a prestação clínica dos visitantes. Decorridos cinco minutos, um remate falhado da turma 'caseira' e uma perda da posse de bola resultou numa desvantagem de cinco golos. Carlos Resende, treinador dos azuis e brancos não gostou do que viu e pediu desconto de tempo. A partir daí, o técnico começou a apostar no 7x6, procurando encontrar mais facilmente espaços na defesa do conjunto adversário. Ainda assim, os atuais líderes da Bundesliga continuaram muito disciplinados, impenetráveis e ainda mais rápidos nas transições ofensivas, deixando os azuis e brancos sem resposta para a prestação alemã. Lentamente, o Magdeburgo construiu uma vantagem de nove golos, da qual não largou até ao último segundo do embate, também devido à perda de força anímica dos dragões perante a frieza dos visitantes. O FC Porto, com este desaire, soma a sétima derrota no grupo B e desce para o penúltimo lugar, com seis pontos, os mesmos que os polacos do Wisla Plock, que venceram supreendentemente o Veszprém. Assim, os dragões deixam de estar em posição para avançar para a próxima fase da competição, uma vez que se apuram apenas os seis primeiros classificados. Após esta partida ficam a faltar quatro jornadas, sendo que a prova só volta em fevereiro, uma vez que em janeiro se realiza o Europeu. Já o Magdeburgo somou o oitavo triunfo no agrupamento, registo que vale subida ao segundo lugar, atrás do Barcelona, depois da derrota do Veszprém por 37-29.