Ex-internacional Carlos Andrade no Hall of Fame da Universidade de Queens de Charlotte
Cerimónia decorreu este fim de semana e honra um dos melhores basquetebolistas que já passaram pela faculdade, cujos numeros registados ao longo de quatro temporadas ainda estão no 'top' e performaces fizeram história
Jogador da Universidade de Queens de Charlotte durante quatro temporadas (1999/00-2002/03), o ex-basquetebolista Carlos Andrade foi alvo, este fim de semana, de uma homenagem nos Estados Unidos com a ‘sua’ faculdade a inclui-lo no Hall of Fame do departamento desportivo. O internacional português é apenas o sexto basquetebolista masculino a receber tal honra a nível individual.
«Na verdade, o ano em que o meu nome foi induzido para o Hall of Fame foi em 2022, mas, como ainda estávamos em pandemia, à última da hora a cerimónia não foi feita. No ano passado haviam-me novamente convidado para vir, mas, por motivos profissionais também não pude. Acabou por ser este ano», explicou Andrade, de 45 anos, a A BOLA após a cerimónia.
Como um Royal, alcunha pela qual são conhecidos os desportistas da universidade, Carlos, irmão da também internacional lusa e ex-jogadora da WNBA Mery Andrade, registou os totais de 1603 pontos, 761 ressaltos, 293 assistências e 204 roubos de bola e ganhou dois campeonatos de regular season da Champlain Valley Athletic Conference (CVAC), acabado em duas dessas temporadas por atingir a Elite 8 da II Divisão da NCAA.
Na primeira, em 2001, tratou-se de uma estreia da Universidade de Queens na prova. Dois anos mais tarde, os Royals viriam a chegar, igualmente pela primeira vez, às meias-finais da competição. Na altura com a melhor performance de sempre numa só temporada: 29 v-4 d.
Quando deixou os Royals era o melhor marcador de sempre da universidade, recorde que se manteve até 2011. E em 2022, quando o seu nome foi indicado para o Hall of Fame, ainda era terceiro em pontos, quarto em ressaltos e segundo em roubos de bola. Isto além de ter sido eleito para o Cinco ideal da CVAC em 2002 – nunca nenhum Royal recebera tal honra - e para o Segundo Cinco Ideal em 2001 e 2003.
«A integração ao Hall of Fame da minha faculdade é uma experiência verdadeiramente indescritível. Já se passaram duas décadas desde a última vez que entrei numa sala de aula ou vesti o equipamento da equipa que tive a honra de representar durante quatro anos», referiu Andrade, cuja carreira após deixar Charlotte e de ter chegado a fazer alguns teste com clubes da NBA antes do draft de 2003, acabou por passar por Portugal, Alemanha e Espanha.
«Ser reconhecido neste cenário tão prestigiante é uma fonte inesgotável de orgulho, uma luz que ilumina todo um percurso dedicado ao desporto e à instituição que moldou a minha jornada académica. Esta distinção vai muito além de um simples tributo, é o testemunho de anos de dedicação, paixão e sacrifício. A gratidão que sinto por este momento é enorme. É eterna», acabou por concluir Carlos Andrade, hoje em dia agente de basquetebolista, mas que enquanto jogador, com passagem pelo FC Porto, Queluz e Benfica conquistou sete campeonatos da Liga, oito Taças de Portugal, nove Supertaças, oito Taças da Liga e quatro Taças António Pratas.