No dia em que foi oficialmente apresentada a edição de 2024 do Estoril Open, João Zilhão, diretor do único torneio do circuito ATP português, admitiu que a edição de 2025… continua em risco de não se realizar. Os rumores sobre essa possibilidade surgiram em outubro no jornal francês L’Équipe, foram desmentidos pelo ATP Board, mas passados cinco meses continua por assegurar a possibilidade de encaixar o torneio num calendário que vai sofrer inúmeras alterações, o que retira espaço a torneios ATP 250, como é o caso do português. Foi o próprio João Zilhão a confirmar que ainda não existe uma solução, ainda que mantenha «toda a confiança» de que isso vai acontecer, como disse à margem da apresentação da competição. «As dificuldades que foram noticiadas prendem-se com o facto de haver menos uma semana no calendário, entre o Australian Open e Roland Garros. E como haverá novos ATP 500 nessa altura, há dificuldade em encontrar data, mas a ATP está a trabalhar para encontrar soluções. Era suposto o novo calendário ter saído em novembro, depois em dezembro, janeiro… O calendário ainda não saiu, obviamente, porque a ATP quer encontrar uma solução e o calendário em 2025 está difícil», começou por afirmar. Recorde-se que esta não é a primeira vez que os reajustes no calendário do circuito mundial mexem com o Estoril Open que, em 2023 foi ‘obrigado’ a recuar três semanas, precisamente devido à passagem de alguns Master 1000 para duas semanas. Zilhão, contudo, lembra que tanto os tenistas como os responsáveis do comité da ATP têm grande apreço pela etapa portuguesa e acredita que ninguém quererá deixar de contar com ele no circuito. «O Estoril Open é um dos torneios mais queridos do Tour e dos jogadores, portanto, estou muito confiante de que vão encontrar uma solução para nós. É uma questão de encontrar espaço num calendário que está muito congestionado porque todos os Master 1000 vão passar todos a ter duas semanas em 2025. E além disso há grandes pressões de outros cantos do Mundo para terem torneios também», resumiu.
