«É o momento mais feliz da minha vida... O meu pai é maluco por ténis»

Ténis «É o momento mais feliz da minha vida... O meu pai é maluco por ténis»

TÉNIS17.07.202300:26

Não há idade pré-definida ou limite para realizar os sonhos, mas o de Carlos Alcaraz quanto a ganhar Wimbledon, esse concretizou-se aos 20 anos e 72 dias, ao derrotar o Novak Djokovic e tornando-se no terceiro mais jovem de sempre a inscrever o nome no troféu.

Assim como o segundo homem espanhol da história a fazê-lo. «É um sonho que se torna realidade», referiu o murciano, natural de Villena, já com o troféu na mão na cerimónia realizada no Court Central do All England Club.

«É incrível! Poder jogar nestes palcos é um sonho que se torna realidade. É maravilhoso para um rapaz de 20 anos alcançar estes momentos tão depressa. Estou mesmo orgulhoso de mim, da equipa que tenho e do trabalho que impomos todos os dias para que possa viver esta experiência», vai contando ainda sob o turbilhão de emoções e os aplausos do público.  

«Trata-se de uma grande vitória, mas mesmo se tivesse perdido estaria orgulhoso comigo. Fazer história neste lindo torneio, jogar a final contra uma lenda da nossa modalidade. É incrível!», exclamou Carlito após extenuantes 4.42 horas, a terceira final mais longa de sempre, que ficou concluída com os parciais 1/6, 7/6 (6), 6/1, 3/6 e 6/4.

«Após o 1.º set [no qual foi despachado em 35m] pensei: ‘Carlos, eleva o nível. Não desiludas as pessoas que te vieram ver’». «Tu inspiras-me imenso», dispara virando-se para Djokovic, o seu ídolo.

«Comecei a jogar ténis a ver-te. Quando nasci já ganhavas torneios. É magnifico! Provavelmente estás em melhor forma do que eu», diz ao sérvio, 16 anos mais velho.

«Fazer história como a que hoje consegui é o momento mais feliz da minha vida. E acho que não mudará durante muito tempo. Derrotar Novak, vencer Wimbledon é algo com que sonho desde que comecei a praticar ténis. É por isso que este é o maior momento da minha vida», vai revelando Alcaraz, já em conferência de imprensa.

Ele que no ano passado ganhara o Open dos Estados Unidos e superara o sérvio uma única vez, em maio, nos quartos de final do Open de Madrid.

«Conseguir bater Novak no seu melhor, neste palco, fazer história, ser o tipo que o derrotou após 10 anos imbatível naquele court, é incrível para mim. Trata-se de algo que jamais esquecerei, isso é certo. Mas também é bom para a nova geração, pois acho que verem-me derrotá-lo vai fazê-los pensar de que também serão capazes de consegui-lo».

«Antes deste jogo acreditava que não seria capaz de derrotar Novak. Isso é obvio. Mas depois deste embate épico… digamos que penso de uma maneira diferente sobre o Novak. Provavelmente em outros torneios, em outros Grand Slams irei recordar-me deste momento», acrescentou.     

«É realmente um momento bastante, bastante especial. Comecei a jogar ténis graças ao meu pai. Ele é um enorme fã de ténis. Já assista antes de eu nascer. É maluco. Toda a sua vida é à volta do ténis. Por isso penso que para eles, verem o seu miúdo fazer história, levantar o troféu, ganhar Wimbledon, será algo incrível».

«Para mim tê-los ali, dar-lhes um grande abraço, é algo de que nunca me esquecerei. Espero ter uma fotografia daquele momento porque irei guardá-lo para sempre», concluiu.