As condições não eram as mais favoráveis, com muito vento e ondas, mas iguais para os 25 atletas que alinharam na start list com o sonho de se sagrarem campeões do Mundo de K1 5000 no Uzbequistão. Fernando Pimenta, à procura da terceira medalha em Samarcanda - antes já conquistou a prata no K1 500 m e o bronze n0 K4 500 misto - saiu na pista 1 e tenta sair rápido para fugir à confusão das portagens e ser o primeiro a sair da água e voltar a colocar o barco na água. E foi, o primeiro sair e o primeiro a colocar o barco na água, mas com o adversário hungaro Erdossy a sair melhor. Era, porém, o dinamarquês Mads quem melhor marcação fazia ao português. Depois da segunda portagem, o canoista do Benfica forçou o andamento e só o dinamarquês, habitualmente melhor nas portagens, conseguiu seguir com Pimenta. O português entrou em ação com um barco especialmente preparado para estas provas, fechado atrás e à frente, para evitar que a água entre e apesar da aproximação do resto dos adversários, Pimenta continuou a fazer as despesas da prova. Na terceira portagem, Mads Pedersen, 26 anos, conseguiu sair e entrar primeiro e arrancou tentando tirar benefício do cansaço do português que já tinha realizado duas provas. E o nórdico, que se preaparou apenas para os K1 5000 metros, acelerou e isolou-se. Na quarta portagem, Pedersen chegou sozinho, à frente de Pimenta cerca de 30 metros, com o sueco Lindeberg em terceiro lugar e a aproximar-se. As condições não são as mais favoráveis nem as que Fernando Pimenta prefere. Lá na frente, Pedersen segue sozinho e Joakim Lindeberg encosta-se ao português. Última portagem, Pedersen na frente que já vê o título mundial, que está a defender, enquanto Pimenta e Lindeberg tentam desembaraçar-se de nova paragem e dos atletas mais atrasados. O português vai gerindo o segundo lugar e termina com a prata oferecendo a Portugal a quinta medalha do dia, em outras tantas finais.