Charlotte Dujardin, atleta olímpica britânica mais condecorada, foi suspensa por um ano pela Federação Equestre Internacional (FEI), na sequência da divulgação de um vídeo que mostra maus-tratos a um cavalo durante um treino, há quatro anos. Suspensa provisoriamente e fora dos Jogos de Paris em julho, altura em que o programa Good Morning Britain revelou a bicampeã olímpica a chicotear um cavalo nas patas com um chicote longo, as apreciações disciplinares contra Dujardin foram «efetivamente concluídas». «Dujardin tinha sido suspensa provisoriamente a 23 de julho de 2024 devido a um comportamento contrário aos princípios do bem-estar dos cavalos. O tempo cumprido durante a suspensão provisória será contabilizado na suspensão de um ano», começa por indicar um comunicado da FEI. «Durante a suspensão, Dujardin está proibida de participar em todas as atividades relacionadas com competições ou eventos sob a jurisdição da FEI ou de uma Federação Nacional. Perante a gravidade da infração e as circunstâncias atenuantes relevantes, incluindo o registo disciplinar limpo de Dujardin e a sua retirada voluntária dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a FEI propôs uma suspensão de um ano e uma multa de 10.000 francos suíços [cerca de 10.700 euros]», acrecenta. Recorde-se que a polémica surgiu em julho, com divulgação do vídeo e apresentação de queixa, como revelou o advogado Stephan Wensing, que representou o aluno a quem a seis vezes medalhada olímpica em dressage deu aulas, incluindo aquela em que «chicoteou o cavalo mais de 24 vezes no espaço de um minuto... como um elefante num circo». Antes de ser banida dos Jogos, Dujardin manifestou intenção de afastar-se, na sequência da polémica, pedindo desculpa pelos atos: «O que aconteceu não reflete o modo como treino os meus cavalos ou ensino os meus alunos, de qualquer forma não há desculpa. Estou profundamente envergonhada e deveria ter dado um melhor exemplo naquele momento.» Vídeo que esteve na origem da decisão — alertamos que as imagens podem ferir a suscetibilidade dos leitores mais sensíveis