O Benfica venceu o Sporting por vantagem mínima (85-84) no primeiro jogo da final da Liga de basquetebol, esta noite, no Pavilhão Fidelidade do Estádio da Luz, e adianta-se na contenda que poderá ser decidida à melhor de cinco partidas. E se todos os jogos forem como este, tão equilibrados e com incerteza sobre o vencedor até aos últimos segundos, é bem possível que venham a ser necessários todos os confrontos para atribuir o título de campeão de 2022/23. Os adeptos dos clubes - e da modalidade – por certo, agradeceriam. O jogo iniciou-se equilibrado, com diferença máxima de dois pontos entre as equipas e o Sporting a liderar até aos 4-6, mas o Benfica começou a impor-se e depois de ter dado a volta ao marcador para 12-10 (a 4.52 minutos do final do primeiro quarto) arrancou para um parcial de 8-0 até aos 16-9, que culminou no placard com que se fechou o período (28-19). Ivan Almeida destacava-se tanto a marcar como a ressaltar. O segundo quarto entrou com a mesma toada do primeiro, de paridade de rendimento entre os conjuntos e o Benfica a controlar a vantagem de entre os 9 e os 10 pontos e a dilatá-la mesmo para 11-12 a meio do período. A partir daí, o Sporting reage, primeiro apenas num esboço, reduzindo 8 pontos com um triplo de Isaiah Armwood a 3.57 do final, mas depois de modo efetivo, e imparável, primeiro através de uma jogada de três pontos de Joshua Patton (16 pontos até ao intervalo), a deixar os leões a três pontos (1.59), e a encerrar o quarto com André Cruz a consomar a reviravolta (totais 47-48 no seguimento de parcial de 19-29). Nas águias, Broussard (15 pontos e 6 ressaltos) destoava de fase de marasmo coletivo. No reatamento, após o descanso, o jogo não teve o equilíbrio dos dois períodos anteriores: o Benfica superiorizou-se claramente e concretizou um espantoso parcial de 13-1, perante a passividade do Sporting, que viu o rival distanciar-se para dez pontos (59-49 a 6.34 do final) após dois triplos consecutivos de Ivan Almeida, que subia o seu pecúlio para 18 pontos (20 no final do período). Os verdes e brancos demoraram, mas recompõe-se e voltam a emergir na partida, recuperando para uma desvantagem de três pontos (66-63 a 2.21) com um triplo do até então eclipsado Marcus Lovett. Os encarnados estancaram a sangria da sua ineficácia e estabeleceram um avanço cinco pontos no termo do terceiro período (71-66). Na parte inicial do derradeiro quarto, à imagem do anterior, o Benfica esteve por cima do jogo e aumentou a liderança até dez pontos com triplo de João Gomes (6.35) e com Douglas preponderante com um turnover e dois ressaltos defensivos. Mas o Sporting não baixou os braços e teve outra contraofensiva ao reduto contrário, aproximando-se até à desvantagem mínima à entrada do último minuto e adiantando-se mesmo nos 30 segundos por Eddy Polanco, após três lançamentos convertidos, o derradeiro a apenas 3 segundos da buzina, a dar vantagem à sua equipa (83-84). Contudo, o Benfica e o seu treinador ainda sacaram de derradeira cartada e em jogada de laboratório, a 10 segundos do final, Broussard (melhor marcador do jogo com 23 pontos) lançou para a vitória.