Começa neste sábado a disputar-se uma Supertaça de andebol. Vão ser três super-jogos, de super-intensidade. O FC Porto, super-campeão da época passada, defronta o Sporting, super-líder invicto deste ano. E na outra meia-final, o Benfica, super-vencedor da prova em 2022, defronta o super-finalista surpresa da Taça de Portugal do ano passado. E como se lança uma super-prova assim? Recorremos a um super-vencedor. Ora, segundo as nossas pesquisas, ninguém ganhou mais vezes o troféu do que Carlos Ferreira. Esse mesmo, um dos melhores guarda-redes que o andebol português já produziu. E não somos nós que dizemos: são os títulos! Só campeonatos foram oito. Mais 10 Taças de Portugal. E Supertaças? Cinco! Alguém dá mais? Não nos parece! Falamos de um autêntico especialista! Onde quer que jogasse, ganhava. É no ABC? Ganha três seguidas! O Sporting não tem nenhuma? Carlos Ferreira ajuda a conquistar a primeira para os leões, em 1997! Muda-se para o FC Porto? É mais uma para o senhor da baliza lá do fundo! Ainda não chega? Então tomem lá mais duas, agora como treinador-adjunto do ABC (2015 e 2017). Não há igual! Mesmo que ao atender o telefone dê uma gargalhada quando o tratamos por super-especialista em Supertaças. E que a primeira resposta nos desarme ligeiramente. «Não faço mesmo ideia de quantos títulos ganhei. Eu queria era ganhar. E se ganhei tantas vezes foi porque enquanto andava lá tive sempre a sorte de ter companheiros que gostavam tanto de ganhar como eu. Mas nunca fui de ficar a contar quantas vezes ganhava o quê.» Percebemos, claro. Nunca alguém disse que ganhar era fácil. Por muito que pareça a quem vê de fora. «Favorito tem de ser o Sporting» E por falar em olhar de fora: quem é que o nosso super-especialista aponta como principal candidato a sair de Santo Tirso a festejar mais uma conquista? «Tenho de considerar o Sporting como favorito. Sem tirar mérito às outras equipas, mas o Sporting é a única equipa que esta época já ganhou aos outros três adversários que vão estar na final-four», atira sem hesitar. Para cumprir a previsão de Carlos Ferreira e conquistar a quarta Supertaça, a equipa orientada por Ricardo Costa precisa de começar por bater o FC Porto, em nova edição de um confronto em que se prevê equilíbrio máximo. Basta recordar que nos últimos sete confrontos entre leões e dragões, seis foram resolvidos por um golo de diferença. E o sétimo deu empate. É preciso recuar a 2021, precisamente à final da Supertaça desse ano, para encontrarmos um resultado mais dilatado: 34-29 a favor do FC Porto. E depois ainda tem a final pela frente. «O facto de serem duas equipas com excelentes plantéis e bons treinadores pode equilibrar as contas dos favoritos. São sempre daqueles jogos em que um pormenor pode fazer diferença», antecipa o antigo internacional português. De resto, Carlos Ferreira não afasta qualquer um dos finalistas da possibilidade de vencer. O Benfica porque pode ter na Supertaça a oportunidade de ganhar um título, quando o campeonato começa a parecer difícil e já foi eliminado da Liga Europeia. E o Marítimo porque tem também na prova o caminho mais curto até um possível título. «São quatro equipas que gostam de ganhar e essa vontade de ganhar conta sempre nos momentos de decisão. O Marítimo parte como outsider será, mas esta são competições que podem provocar surpresas», avisa. O alerta do super-especialista está dado. O melhor é dar-lhe atenção. Super-atenção.