O Belenenses derrotou a UE Santboiana por 15-45 (10-15 ao intervalo) e ergueu a primeira Taça Ibérica de râguebi do seu historial após três finais perdidas frente aos campeões espanhóis. No Estádio Baldiri Aleu, em Sant Boy de Llobregat, arredores de Barcelona, a formação portuguesa marcou seis ensaios, quatro deles nos segundos 40 minutos, período totalmente dominado pelo Belenenses ao somar 30 pontos e permitindo só 5 aos catalães, num toque de meta no último instante da partida. Depois de duas finais perdidas frente ao VRAC, em 2018-19 e 2020-21 (em 2003-04, o clube perdeu diante o El Salvador), João Mirra, treinador do XV de Belém, conquista também ele o primeiro título na competição que coloca em campo os campeões de Portugal e de Espanha. “Conquistar pela primeira vez o troféu é importante para os jogadores e eles sabem a importância para o clube”, disse a A BOLA na antevisão da partida, assumindo ter aprendido com os erros nos dois anteriores duelos ibéricos. Nas últimas seis edições, a Taça Ibérica tinha caído sempre para o lado espanhol, cinco das quais para o VRAC, emblema da província de Castela e Leão. O Belenenses recupera o troféu, sete anos depois (2016) do triunfo dos advogados diante o VRAC. A Santboiana (vencedor em 1988, 1990, 2006 e 2007), clube centenário liderado por uma mulher, Aurora Bravo, falhou a conquista do quinto campeonato da Península Ibérica. Em 43 edições (o Canoe, de Madrid, foram os primeiros vencedores, em 1965), as formações espanholas dominam a competição ibérica. 26 títulos (entre os quais 6 do VRAC, 5 do El Salvador, dois clubes de Valladolid), contra 17 de equipas lusas (Benfica e Direito, com 4, Cascais e CDUL, 3, Académica, Agronomia e Belenenses, 1).
