Basquetebol: Doncic sai do Mundial pela porta pequena de um jogo enorme
Luka Doncinc foi excluído frente ao Canadá

Basquetebol: Doncic sai do Mundial pela porta pequena de um jogo enorme

BASQUETEBOL06.09.202317:54

Estrela da Eslovénia foi excluída de um encontro que teve 18 mudanças de liderança e uma primeira parte de grande nível

O pavilhão em Manila estava cheio, a primeira parte foi enorme, mas a saída de Luka Doncic do Mundial de Basquetebol aconteceu do modo que a estrela eslovena menos desejava. O base foi excluído do duelo com o Canadá, nos quartos de final da prova e que levou os norte-americanos às primeiras meias-finais da história do país, após vitória por 100-89.

Se não a maior, seguramente uma das estrelas do torneio, o esloveno saiu do encontro a pouco mais de seis minutos do final devido a duas faltas técnicas, e com 26 pontos apontados. 

O duelo entre Canadá e Eslovénia previra-se intenso, não só pelas seleções em causa, mas também pelo facto de o defensor de Doncic ser Dillon Brooks. 

Um dos basquetebolistas mais físicos a disputar o jogo, o canadiano foi também ele excluído do encontro. Ainda assim, Luka Doncic não teve problemas em elogiar o defensor, tantas vezes alvo da crítica. Aliás, nos primeiros momentos do jogo, ficou claro que Dillon Brooks não é muito amado pelo público: em apenas alguns minutos, o jogador dos Houston Rockets, da NBA, foi apupado pelos filipinos, atingiu Zoran Dragic com o cotovelo e ainda atirou beijos para a bancada.

«Acho que o Dillon Brooks jogou muito bem, foi muito físico como sempre. Muitas pessoas não gostam dele, mas eu respeito-o pelo que ele faz», Luka Doncic

Admitindo que reclama muito, Doncic considerou, porém, «não ser justo» que os árbitros o julguem por isso.

A saída de cena de Luka Doncic coincide com a passagem histórica do Canadá às meias-finais, após um duelo que teve 18 mudanças de liderança e uma primeira parte em que as duas seleções chegaram aos 50 pontos em 20 minutos! Terminou com o tal triunfo canadiano por 100-89 e com Shai Gilgeous-Alexander a ser a principal figura, ao marcar 31 pontos, aos quais juntou 10 ressaltos e quatro assistências.

Nas meias-finais será a Sérvia a tentar travar uma seleção que começou o Mundial 2023 ao surpreender a França com uma vitória por 30 pontos de diferença e que no caminho até ao duelo com os sérvios só perdeu uma vez: com o Brasil, na segunda fase, o que também, por si só, foi uma surpresa.

São precisos dois Wagner para fazer um Dirk Nowitski

A outra meia-final vai colocar frente a frente Alemanha e EUA. Os germânicos bateram a Letónia por dois pontos 91-89 e avançaram para as segundas meias-finais da história da seleção alemã: a primeira foi na era de Dirk Nowitski, considerado como o melhor basquetebolista alemão de sempre.

Liderada pelos irmãos Franz e Moritz Wagner, que apontaram 16 e 12 pontos, ajudados por Andreas Obst (13 pontos), a Alemanha espera agora ir mais além do Bronze de 2002. 

Pela frente, terá a outra seleção norte-americana ainda em prova e sempre favorita: os EUA que, apesar do histórico e de terem abalroado a Itália nos quartos de final, também chegam a estas meias-finais com uma derrota: sucedeu com a Lituânia, na segunda fase da prova. 

Assim, a formação germânica é mesmo a única das quatro semifinalistas que não tem qualquer derrota neste Mundial.

As meias finais jogam-se nesta sexta-feira, primeiro com a realização do Sérvia-Canadá, seguido do duelo entre Alemanha e EUA, no Mall of Asia, em Manila.