Resultado invulgar no hóquei em patins, o zero a zero não reflete, nem de perto, o jogo no Palácio Riazor, na Corunha, entre o local Liceo e o Benfica, intenso e cheio de oportunidades, em nada desmerecendo da competição em que se inseriu, a Liga dos Campeões. Mais do que desacerto dos rematadores, a eficácia aos guarda-redes prevaleceu sobre os que os seus pares de pista, em partida que os encarnados fizeram mais do que os galegos por conquistar a vitória. Pedro Henriques, pelos portugueses, e Martí Serra, pelos espanhóis, encheram as balizas e não houve maneira de a bola entrar durante 50 minutos de hóquei. Na mais flagrante oportunidade de o nulo se desfazer, com apenas quatro minutos decorridos e longe de prever a míngua, o Benfica beneficiou de penálti, mas João Rodrigues atirou contra o corpo do guarda-redes do Liceo. Seguiram-se outras hipóteses, de parte a parte, mas nunca as redes balançaram, e o jogo foi passando, interessante e entretido, nem sempre tecnicamente bem jogado, mas com comprometimento pleno das duas equipas na procura do sucesso. Este não foi de nenhuma, mas a benfiquista ficou mais satisfeita com a repartição de pontos, que lhe permite manter a liderança do Grupo B da Liga dos Campeões, enquanto os anfitriões permanecem na quarta e última posição qualificável para os quartos de final. Após o jogo, o treinador do Benfica, Edu Castro: «Dizem que um ponto é um ponto, mas construímos oportunidades suficientes para marcar golos. É um resultado estranho no mundo do hóquei. Não diria que as defesas estiveram melhor do que os ataques. Chegámos muitas vezes à baliza contrária, tanto na primeira, como na segunda parte, mas não fomos eficazes», declarou o espanhol. «Não diria que o jogo foi equilibrado, porque tivemos mais oportunidades claras do que o adversário para vencer. No entanto, seguimos com o objetivo intacto na Champions League, terminar no 1.º lugar do nosso grupo. É claro que gostaríamos de ter feito o pleno de vitórias até à 5.ª jornada, mas este jogo também demonstra a dificuldade de ganhar fora ou mesmo em casa a qualquer equipa da Champions», frisou o técnico. Oliveirense 'empata' Trissino Os mais diretos perseguidores das águias continuam a ser os italianos do Trissino, que não foram capazes de aproveitar a primeira perda de pontos do líder encarnado, após série vitoriosa de quarto jogos. Na deslocação a Portugal, para defrontar a Oliveirense, os transalpinos não foram além do empate e têm o adversário luso à mesma distância de dois pontos, na terceira posição. O francês Bruno di Benedetto abriu o ativo no Pavilhão Dr. Salvador Machado, em Oliveira de Azeméis, aos 11 minutos e já durante a segunda parte, aos 14 minutos, João Pinto ‘Mustang’, um dos dois jogadores portugueses do Trissino, equipa que é orientada por treinador também luso, Tiago Sousa. Antes, a Oliveirense teve duas oportunidades privilegiadas para dilatar a vantagem (penálti e livre direto), mas Franco Platero e Lucas Martínez desperdiçaram-nas. No terceiro jogo do grupo, o Valongo perdeu, com surpresa, em França, frente ao Dinan Quévert, por 5-4, e recebeu desta equipa a lanterna-vermelha, com apenas um ponto, ambas em lugares não apuráveis para os quartos, no final da primeira volta desta fase.