A aparência não engana, muito menos as semelhanças físicas com o seu pai, um dos maiores ídolos que o desporto já conheceu, e de raqueta na mão a cobrir-se de glória nos courts, onde arrebatou 11 vitórias em singulares em torneios do Grand Slam - seis triunfos em singulares masculinos no pó de tijolo de Roland Garros e cinco consecutivas na relva de Wimbledon (de 1976 a 1980) -, um nome que ainda hoje infunde respeito e virou lenda viva, aos 67 anos, 41 anos após, precoce, ter terminado a carreira aos 26 anos, descontando tentativa esporádica de regresso entre 1991 e 1993: o sueco Bjorn Borg. A sucessão está assegurada, é o que se oferece concluir, após o filho mais novo da antiga estrela, Leo Borg, de 20 anos, nascido em 2003 da ligação de Bjorn com a sua terceira mulher, Patrícia Ostfeld, ter, esta terça-feira, averbado a sua primeira vitória em torneios ATP, ao vencer no Open da Suéciam,– que jogou graças a um ‘wild card’ (convite) da organização -, em Bastad, o compatriota Elias Ymer por 2-0, com os parciais de 7-6 (7-5) e 6-3. Modesto 437.º do ranking ATP, nos primórdios da carreira que o pai que consagrou o progenitor, Leo tem jogado até aqui provas do mais modesto ITF Tour, mas neste dia todas as cabeças se viraram para Bastad, onde Leo irá enfrentar, na próxima ronda do torneio, os oitavos de final, o argentino Federico Coria, 113.º da hierarquia mundial «Trabalhei muito para isto, tantos anos! Algum dia tinha de obter resultados. Finalmente, consegui uma vitória» afirmou Leo Borg após a vitória em Bastad, neste dia, aos jornalistas, com a humildade simples que distingue os grandes campeões… como o seu pai. Leo tem um irmão mais velho, Robin, nascido em 1985 – mas que nada quer com o ténis -, fruto de um primeiro casamento de Bjorn Borg, e que, em 2014, teve uma filha: sim, o ídolo e pai de Leo é avô há nove anos.
