«15 anos de competição. 3 clubes. Algumas seleções nacionais. 1 Jogos Olímpicos. E, acima de tudo, muitas amizades que ficarão para sempre no meu coração. Chegou o momento de encerrar esta jornada incrível que tanto moldou a minha vida», escreveu o internacional Francisco Santos na sua página de Facebook a anunciar, aos 26 anos, o adeus à natação.Isto depois de já não ter disputado o Nacional individual de piscina curta em Tomar, nem integrado a equipa do Sporting no Nacional de Clubes da I Divisão em Albufeira, igualmente em dezembro.«Foram anos de dedicação, sacrifícios e superação, mas também de aprendizagens, conquistas e emoções que jamais esquecerei. Houve momentos de glória e outros de desafio, mas são os instantes mais especiais e as pessoas que encontrei ao longo do caminho que enchem a minha memória e o meu coração», salientou igualmente o recordista nacional de 200 costas (1.57,06m) em piscina longa. Marca obtida no 36.º Meeting Internacional do Porto, em junho de 2021, que lhe carimbou o visto para os Jogos de Tóquio. Evento no qual foi 20.º aos 200 costas (1.58,58m) e 28.º aos 100 costas com recorde nacional de 54,35s. Entretanto já superado.«Não tenho palavras para agradecer a todos os que fizeram parte desta caminhada — colegas de equipa, treinadores, fisioterapeutas, psicólogos, família, amigos e todos os que, de uma forma ou de outra, contribuíram para o que fui enquanto atleta e para o que sou como pessoa».«Despeço-me assim com um imenso orgulho e gratidão por tudo o que vivi, com a certeza de que cada momento valeu a pena. O desporto deu-me muito mais do que sonhei e, acima de tudo, deu-me pessoas e memórias que guardarei para a vida toda. Obrigado por tudo. Xicabala is out», concluiu Francisco, que teve a curiosidade de ter sido olímpico sem nunca ter nadado num Mundial de piscina longa, apenas no de curta em Abu Dhabi-2021.Tendo começado no Benedita, em 2016, quando entrou na universidade e foi estudar para o Técnico, passou a competir pelo representar o Sporting, clube que também representou nos Europeus de Budapeste-2020 e Roma-2022, ajudou a ganhar os quatro últimos dos nove títulos consecutivos de clubes e esteve nos Jogos do Mediterrânio de Tarragona-2018 e Oran-2022.As últimas competições foram no Nacional de longa em abril e no Nacional dos Países Baixos, país onde chegou a treinar e trabalhar, pelo De Dolfijn.
