Volta do Futuro abre portas aos mais jovens

Ciclismo Volta do Futuro abre portas aos mais jovens

CICLISMO31.05.202323:45

O chileno Vicente Rojas dos Supermercados Froiz, é a principal figura da 30.ª Volta a Portugal do Futuro que se corre entre quinta-feira e domingo. Com 21 anos, vai representar a partir de agosto a equipa italiana Green Project-Bardiani CSF-Faizané, na qual estagiou no principio do ano, campeão Pan Americano de fundo de 2023 e recente vencedor da Rutas Xacobeo, foi o melhor jovem na Volta a San Juan, tem como principais caraterísticas ser um bom trepador e velocista.

A Volta a Portugal do Futuro tem constituído ao longo dos anos a montra que tem revelado novos valores do ciclismo português,  que mais uma vez abre as portas aos mais jovens. Na lista dos vencedores encontram-se nomes que são referências na modalidade, Joaquim Gomes, José Azevedo, Óscar Pereiro, João Cabreira, André Cardoso, Filipe Cardoso, José Mendes, Joni Brandão, António Carvalho, Ruben Guerreiro e José Fernandes, registando-se vinte vitórias de portugueses, sete de espanhóis e uma de russos e colombianos.

Com quatro etapas em linha, o percurso da edição deste ano tem na chegada ao Alto de S. Macário na penúltima etapa no sábado, o ponto chave da corrida que não apresenta um contrarrelógio.

A 1.ª etapa entre Caldas da Rainha e Pombal com a extensão de 142,4 km, tem como principal dificuldade a passagem pelo Alto das Ereiras (3.ªcat.) a 16 km da meta, que poderá selecionar um grupo que tentará discutir a vitória na meta. No segundo dia o pelotão vai percorrer 140,7 km entre Figueiró dos Vinhos e Castelo Branco, num percurso ondulado, com duas contagens de montanha de 3.ª cat. e uma de 4.ª cat. a última a 12 km de Castelo Branco.

A 3.ª etapa entre Sernancelhe e S. Pedro do Sul com a meta instalada no Alto de S. Macário depois de percorridos 127,5 km, é a mais exigente e na qual se deverão decidir as principais classificações. A tirada inicia-se com a subida a Carregal (3.ª cat.) num percurso bastante exigente, com nova contagem de montanha em Vilar do Monte (3.ª cat.) e a subida para S. Macário (1.ª cat.) de 9 km com acentuadas rampas nas quais os trepadores deverão marcar a diferença.      

A ligação entre Murtosa e Águeda com 136 km,  tem na tripla passagem por Belazaima do Chão (4.ª cat.)  situado no circuito final o ponto de referência para quem ainda sonhe em chegar ao primeiro lugar, numa competição com bonificações.

As equipas podem alinhar como mínimo de cinco e o máximo de sete ciclistas, entre as 20 participantes destaca-se a presença de oito espanholas, que normalmente se apresentam rodadas e na discussão dos lugares mais importantes.

Os espanhóis da Essax, que venceram a última edição com Gabriel Rojas são dos conjuntos mais fortes ao lado dos Supermercados Froiz, Bicicletas Rodriguez-Extremadura e da Maglia Tecnosylvia-Bembirre. As equipas Continentais portuguesas podem alinhar com os ciclistas que se encontrem dentro do escalão sub 23, estão nesta situação, Glassdrive-Q8-Anicolor com Domingues Duarte, ABTF Betão-Feirense com Diogo Oliveira, Kelly-Simoldes-UDO com Duarte Mixão, Noah Campos e João Silva, Radio Popular-Paredes-Boavista com Tiago Nunes e João Martins. Embora os regulamentos permitam equipas mistas, apenas a Maia/CC Loulé-Matviver-Anastácio Mendes, optaram por essa situação.

Os últimos vencedores foram, em 2022 Gabriel Rojas (Essax), 2021 André Domingues (Efapel), 2019 Emanuel Duarte ( LA Alumínios) e 2018 Venceslau Fernandes (Liberty Seguros-Carglass).