A equipa é portuguesa, mas o vencedor é argentino! Foi em sprint que German Tivani (Aviludo-Louletano) se destacou de um pelotão compacto para conseguir a vitória na 2.ª etapa da Volta a Portugal, ao fim de 3:49 horas. E como se não bastasse, Tomas Contte, também da equipa Aviludo, chegou em 2.º um segundo atrás do compatriota, batendo por milímetros o norte-americano Scott McGill (Echelon Racing), em 3.º. «Foi uma etapa muito stressante, por causa do vento», começou por dizer o vencedor aos microfones da RTP. «É uma das melhores vitórias da minha carreira, porque o fiz ao lado de Tomi [Contte], um dos meus melhores amigos desde 2016», completou o argentino que ainda agradeceu o trabalho da equipa. «Ganhar uma etapa na Volta a Portugal era um dos meus objetivos. Desde o início do ano que a equipa confia muito em mim. Eu tinha algumas dúvidas quanto a essa possibilidade e sentia que lhes devia algo, por isso, é muito especial para mim», frisou. «No final, foi muito bonito para a equipa. O dia de hoje era para o Tomas [Contte] e tinha de trabalhar para ele. Quando começámos a atacar a meta [na última curva], ele estava à direita e eu à esquerda. Quando consegui algum espaço, segui em frente e ficámos com a vitória em etapa, é o mais importante», analisou. Uma dobradinha surpreendente, vinda de uma equipa que aproveitou da melhor forma alguma hesitação dos sprinters da Echelon Racing e da Tavfer Ovos Matinados para o ataque final, as duas que mais prepararam a vitória para esta corrida, que começou em Santarém e terminou em Lisboa (Marvila), após 164 quilómetros, num percurso alusivo ao que Salgueiro Maia fez em 1974. Na classificação geral, porém, nada mudou. Colin Stussi (Vorarlberg) mantém a camisola amarela, apesar do 14.º lugar na etapa, com os mesmos 32 segundos de vantagem para António Carvalho (ABFT - Feirense) , em 2.º, com os dois a registaram uma bonificação de três segundos em duas de quatro metas volantes do dia. Contudo, se esta sexta-feira a corrida terminou em sprint, no sábado dar-se-á a uma jornada que vai acabar novamente em alto, tal como no 2.º dia da prova. Partindo da vila do Crato, o pelotão vai disputar a etapa rainha da 85.ª edição da Grandíssima, que acaba na Torre, no topo da Serra da Estrela, com um prémio de montanha de categoria especial, já depois de três altos de terceira. O percurso da 3.ª etapa: (notícia atualizada às 17.55 horas)
