A Volta à Itália é história e tradição, mas também novidade e descoberta de novos locais. Ao longo das décadas, o Giro d’Itália deu a conhecer novos territórios, novas subidas ou simplesmente, novas estradas. Por outro lado, nada melhor do que a Volta à Itália na hora de promover um lugar do ponto de vista turístico. A edição de 2023, por exemplo, coloca pela primeira vez no mapa da corrida o Monte Lussari, destinado a deixar a sua marca não só por ser uma subida muito dura, com desníveis de dois dígitos, mas também porque será encarado como um contrarrelógio decisivo no penúltimo dia. O cume de onde se pode admirar uma paisagem de tirar o fôlego (não é por acaso que Monte Lussari é chamado de “Varanda dos Alpes Julianos”), é famoso pelo santuário construído no século XVI e cercado por um estilo de aldeia, floresta de Tarvisio e ao fundo o Jofi di Montasio. Para chegar aos 1.790 metros de altitude, onde fica a linha de chegada os ciclistas em esforço solitário, empreenderão uma subida com 7,3 quilómetros, com um desnível média de 12,1%, com rampas de 22%, que constituem a última agonia da Volta à Itália antes de chegar a Roma. A subida ao Monte Lussari não entrou antes no percurso da Volta a Itália, em virtude de só há alguns meses a estrada que conduz da ponte do rio de Saidera ao santuário de Lussari, era uma trilha de cabras. Graças ao plano de desenvolvimento turístico de Tarvisio, a proteção civil colocou um conglomerado de cimento ecológico nos oito quilómetros, que tornou a estrada acessível para ciclistas, dando a possibilidade que esta fascinante subida possa receber uma das etapas decisivas da Volta à Itália de 2023. O Monte Lussari não faz parte da história do Giro d’Itália, mas certamente que escreverá um página importante no ciclismo.