João Almeida (UAE-Team Emirates) continua firme nos objetivos de chegar a Roma nos lugares do pódio, numa conferência de imprensa virtual, analisou a primeira semana de corrida, falou da ausência de Remco Evenepoel, apontou os principais adversários e colocou a última semana como decisiva. «Os primeiros dias foram muito bons mas muito duros. No geral considero que foi uma boa primeira semana, na classificação estou onde esperava estar. No papel as etapas não pareciam tão difíceis, mas fisicamente foram desgastantes. A chuva e o frio têm tornado a corrida mais difícil, mas as condições têm sido iguais para todos. Quanto aos rivais nada de novo, em todas as corridas que tenho feito este ano são sempre os mesmos. No contrarrelógio perdi alguns segundos na parte inicial, mas no geral penso que foi um bom resultado». Sobre o abandono de Remco Evenepoel com covid avançou; «Lamento que tivesse de abandonar por covid, é um aviso para todos e a corrida ficou mais pobre. Não quero ser o próximo a abandonar por esse motivo, o ano passado já chegou. Devemos ter cuidado com outras doenças como a gripe, e estar atentos aos sintomas. Com Remco, o Giro seria mais disputado, provavelmente com mais surpresas o que para mim até seria bom. Com ou sem ele os adversários são os mesmos, Thomas, Geoghegan, Roglic, Vlasov e Caruso. Sem Remco a tática de algumas equipas até pode mudar, Ineos e Jumbo deverão ser mais atacantes, Vlasov e Caruso também estiveram bem no crono e nas ultimas etapas. Pela nossa parte se tivermos um dia para fazer alguma coisa, não hesitaremos e também vamos fazê-lo». Quanto aos objetivos não hesita em afirmar; «Quero terminar no pódio embora neste momento apenas esteja lá muito próximo, por agora estou satisfeito, porque estive sempre com os mais fortes. Estou feliz com as minhas sensações e forma física. A melhor etapa será aquela em que se ganha tempo aos adversários, não importa ser plana ou de montanha, interessa é ganhar tempo. As etapas de montanha são sempre as mais difíceis mas depende das condições». João Almeida considera ser o plano A da equipa; «Temos de ter isso em mente e levar em conta, mas é bom termos duas alternativas em termos estratégicos. Se tivermos um dia que seja propicio taticamente atacar iremos fazer alguma coisa». Depois de afirmar ter reconhecido o percurso dos Alpes suíços com final em Crans-Montana, comentou as últimas etapas; «As decisões vão ser feitas na ultima semana, até lá nada está ganho ou perdido. A chuva vai criar problemas e toda a agente vai ter cuidado nas descidas. Creio que estou num momento de forma igual ao de 2021 quando me senti melhor. Nesta altura nada iria alterar de diferente e faria tudo igual».