As magras diferenças conseguidas nos dois contrarrelógios já disputados, confirmam que serão as etapas de montanha a decidir o vencedor da Volta à Itália e aí todas as subidas são boas para uma emboscada. O numero de candidatos ficou mais reduzido no final da primeira semana, depois do abandono forçado de Remco Evenepoel (Soudal-Quick Step) com covid-19, surgem Geraint Thomas (Ineos), Primoz Roglic (Jumbo), Tao Geoghegan Hart (Ineos), João Almeida (Emirates), Aleksandr Vlasov (Bora), Damiano Caruso (Bahrain) e Lennard Kamna (Bora) como os mais fortes candidatos a lutarem pelo pódio. Para as difíceis batalhas que se adivinham nesta e na próxima semana com cinco chegadas em altitude, que incluem os Alpes e os sempre problemáticos Dolomitas, o ciclista que possuir a melhor equipa partem com alguns pontos acima para discutir o primeiro lugar. Ineos-Grenadiers e Jumbo-Visma, teoricamente possuem alguma vantagem sobre UAE-Team Emirates, Bora-Hansgrohe e Bahrain-Victorious. Os britânicos com cinco ciclistas nos primeiros 15, dispõem de trunfos para queimar a concorrência nos acertos de contas, depois de Thomas e Geoghegan se terem mostrado muitos fortes no contrarrelógio, a que junta Pavel Sivakov para criar problemas aos adversários. Primoz Roglic (Jumbo) é um ciclista sólido e experiente, o único cem por cento vitorioso no Giro ao ganhar as duas corridas em que participou, Tirreno - Adriático e Volta à Catalunha. O ataque na subida Cappuccini na 8.º etapa assustou o pelotão e fez barulho porque o esloveno quebrou o silêncio e demonstrou encontrar-se em boa forma. A UAE-Team Emirates de João Almeida não ofereceu muitas garantias, deixando o chefe de fila entregue a si próprio, nas etapas do Lago Laceno e Campo Imperatore, apenas Jai Vine lhe fez companhia, os restantes perderam-se ao longo das subidas, deixando muitas duvidas para as próximas batalhas. Bora-Hansgrohe vai apostar em Aleksandr Vlasov e resguardar Lennard Kamna, para as subidas apenas dispõe de Konrad. Bahrain-Victorious confia em Damiano Caruso que tem em Jack Haig e Santiago Buitrago dois pilares importantes na montanha. Andreas Leknessund (Team DSM) com uma equipa que denota fragilidades para as etapas em altitude tentará manter-se entre os dez melhores. Na segunda semana as primeiras três etapas não apresentam grandes problemas, que irão surgir na sexta-feira na etapa dos Alpes suíços com final em Crans-Montana (1.ª cat.), com passagem pelo Col du Grand Saint Bernard 2469 metros de altitude, Cima Coppi, por ser o ponto mais alto do Giro, seguindo-se Croix de Coeur (1.ª cat.). Antes do ultimo dia de descanso, novo teste para trepadores com uma etapa que finaliza em Bergamo, que inclui uma contagem de 1.ª cat. e três de 2.ª cat., que servirá de ensaio para as subidas nos Dolomitas. CLASSIFICAÇÃO GERAL 1.º Geraint Thomas (Gbr/Ineos-Grenadiers) 34.34,27 h 2.º Primoz Roglic (Slo/Jumbo-Visma) a 2 s 3.º Tao Geoghegan Hart (Gbr/Ineos-Grenadiers) a 5 s 4.º João Almeida (Por/Emirates) a 22 s 5.º Andreas Leknessund (Din/Team DSM) mt 6.º Aleksandr Vlasov (Rus/Bora) a 1,03 m 7.º Damiano Caruso (Ita/Bahrain) a 1,28 m 8.º Lennard Kamna (Ale/Bora) a 1,52 m 9.º Pavel Sivakov (Fra/Ineos-Grenadiers) a 2,15 m 10.º Jay Vine (Aus/UAE-Team Emirates) a 2,24 m PONTOS 1.º Jonathan Milan (Ita/Bahrain) MONTANHA 1.º Davide Bais (Ita/Eolo-Kometa) JUVENTUDE 1.º João Almeida (Por/UAE-Team Emirates) EQUIPAS 1.ª Ineos-Grenadiers 103.43,30 h 2.ª Bahrain-Victorious a 6,19 m 3.ª EF Education-EasyPost a 7,08 m