O empresário Dan Snyder, de 58 anos, acordou alienar o franchise de copropriedade da equipa da NFL Washington Commanders, que, juntamente com a sua mulher, Tanya, adquirira em 1999 a troco de 750 milhões de dólares (€688,6 M), a um consórcio liderado pelo multimilionário Josh Harris, e que integra ainda a antiga lenda do basquetebol Magic Johnson, pelo valor recorde de 6 mil milhões de dólares, €5.509 M, anunciou neste dia a Forbes. Comunicados das partes confirmaram esta sexta-feira o negócio da venda dos Washington Commanders (Redskins até 2020, ano em que foram rebatizados para evitar ferir suscetibilidades entre a comunidade índia nativa nos EUA), ainda dependente de aprovações várias. Em particular, da autorização, por pelo menos dois terços dos proprietários dos outros 31 clubes da liga profissional de futebol norte-americana, que se vão reunir em Minneapolis nos próximos dias 22 a 24 precisamente para dar o OK à transação… ou não. O bilionário Mitchell Rales é outro dos investidores no consórcio comprador, liderado por Josh Harris, também já um dos proprietários dos Philadelphia 76ers (NBA) e da equipa de hóquei no gelo dos New Jersey Devils (NHL), detendo ainda uma participação minoritária noutra equipa de futebol americano, os Pittsburgh Steelers, e uma percentagem das ações do Crystal Palace (Premier League, futebol, Inglaterra). Além da indispensável aprovação de pelo menos três quartos dos donos dos franchises das outras 31 equipas da Liga, Dan Snyder e Josh Harris precisam ainda que o Comité Financeiro da NFL aprove a transação, ou nada feito. «É com prazer que anunciamos termos chegado a acordo para a venda do franchise dos Commanders a Josh Harris e o seu impressionante grupo de investidores. Aguardamos ansiosamente a conclusão da transação com votos de boa sorte a Josh para os próximos anos», lê-se na nota difundida neste dia por Dan Snyder e a sua mulher, Tanya. As regras da NFL obrigam a que, caso obtenha as duas aprovações necessárias ainda para validar o negócio, Josh Harris se desfaça das suas ações nos Pittsburgh Steelers: não pode ter interesses simultaneamente em duas das 32 equipas. A verba, salienta a Forbes, bate os 4.800 milhões de libras (€4884 M) pelos quais o magnata russo Roman Abramovich vendeu, em 2022, o Chelsea ao magnata norte-americano Todd Boehly e à Clearlake Capital. Desde novembro de 2022 que os contornos da gigantesca transação vinham a ser definidos pelo Bank of America, contratado, então, por Dan Snyder para o efeito, há mais de seis meses.
