Vanessa Marina, que estreou o breaking português nos Jogos Olímpicos, disse ter cumprido, esta sexta-feira, o objetivo em Paris2024, onde foi 13.ª classificada, garantindo ter dado tudo o que podia na representação de Portugal.«Acho que não foi menos bem. O meu objetivo era vir representar Portugal da melhor maneira que eu sei fazer, que é dançar. Claro que as outras meninas têm um nível acrobático muito maior do que o meu, mas acho que o meu objetivo foi cumprido. Fiquei 13.ª no mundo, ou seja, é muito difícil já chegar até aqui», salientou a b-girl lusa, que ficou fora dos quartos de final, depois de ter sido derrotada nas três battles que disputou em Paris 2024. «Eu dei tudo o que eu podia dar. E um resultado é só um resultado. Dependendo do dia, depende dos júris, é muito relativo. Por isso, talvez numa próxima eu consiga dar melhor», declarou.A estreia molhada do breaking em Paris 2024 não foi ‘abençoada’ para Vanessa Marina, com a b-girl portuguesa a cair na fase de ‘round robin’, ao ser derrotada pela neerlandesa India, por 2-0 (15-3), pela chinesa 671, por 2-0 (14-4), e pela norte-americana Sunny, por 2-0 (13-5). «Tive um grupo muito difícil. Tive três das [b-girls] que se qualificaram diretamente, ou seja, eu qualifiquei-me por ranking. Aquelas que se qualificaram diretamente através dos seus campeonatos dos continentes, tive-as no meu grupo, infelizmente. Mas eu tinha toda uma estratégia, que acabou por ir água abaixo», lamentou.Vanessa considerou que, se calhar se fossem outros júris, o seu breaking teria tido outro impacto. «Eu dei o meu melhor em cada uma delas [batalhas]. Não tentei jogar nada diferente. Não tentei guardar algo para mim. Tentei dar tudo para elas e mostrar o meu estilo e [achei] que possivelmente conseguiria brilhar. E eu acho que fiz isso. Acho que muita gente também vai ficar inspirada pelo meu estilo. Não temos de gostar sempre das mesmas pessoas, não é?», notou.Depois de dois anos de qualificação para estes Jogos, a desportista de Leiria sentiu que estava «toda a gente também muito nervosa». «Eu tentei aproveitar um bocadinho, estar relaxada. Eu gosto também muito de socializar. Contactei o pessoal também de outras modalidades, conheci gente nova. Os melhores do mundo estão na Aldeia [Olímpica] e eu tenho contacto com essas pessoas. A troca de pins também foi muito engraçada. Foi toda uma experiência espetacular. Espero que consigamos ter o breaking nos Olímpicos outra vez», resumiu.A modalidade não faz parte do programa de Los Angeles 2028, mas Vanessa Marina acredita que o breaking irá regressar em breve aos Jogos.«Acho que depois disto, se calhar, vai haver um pensamento outra vez sobre em ter ou não. Não sei, porque eu acho que é um... Como é que se diz? A ‘breath of fresh air’ para toda a gente. É uma lufada de ar fresco numa cena que é superdesportiva e séria», defendeu.