O Baloise Belgium Tour é popularmente conhecido por Volta à Bélgica e possuiu uma história muito rica. Foram os diretores do jornal “La Derniére Heure” que criaram a corrida por etapas em 1908. Naquela época, a Volta à Bélgica foi imediatamente um dos eventos desportivos de maior prestigio na Bélgica. Além disso, obteve um bom vencedor como bicampeão da Volta à França, Lucien Petit-Breton. Nas décadas seguintes, os ciclistas belgas vencedores foram, Odile Defraeye (1912), Jean Aerts (1926 e 1933), Stan Ockers (1948), Eddy Merckx (1970 e 1971), Benoni Beheyt (1964), Freddy Maertens (1975), Eddy Planckaert (1984), Walter Planckaert (1977) e Eric De Vlaeminck (1969), no total os belgas venceram a corrida por 69 vezes num total de 91 edições. Durante as guerras mundiais, a Volta à Bélgica não estava no cronograma e, na década de 1980, também surgiram algumas lacunas. A corrida por etapas mudou várias vezes de organizadores durante este período, e também quando os organizadores da Het Nieuwsblad e Herman Schueremans dos festivais de rock Torthout-Werchter, decidiram colocar os seus objetivos promocionais em outro lugares. A partir de 1981, a Volta à Bélgica e por um largo período a corrida não fez parte do calendário de ciclismo. Após uma ausência de 12 anos, a Volta à Bélgica regressou em 2002, por iniciativa de Bob Vereeck, que ainda hoje se mantém como diretor. Um dos momentos marcante neste regresso da Volta à Bélgica, foi quando Andrei Tchmil venceu a ultima etapa e encerrou a carreira de ciclista profissional. Em 2013, a Volta à Bélgica passou a designar-se - Baloise Belgium Tour - com a chegada da seguradora Baloise Assurances como patrocinadora. O alemão Tony Martin venceu por três vezes seguidas, 2012, 2013 e 2104, num percurso com três etapas planas, outra nas Ardenas e um contrarrelógio, nos quais o alemão sempre fez a diferença. Remco Evenepoel deu mais carisma à Volta à Bélgica ao vencer em 2019 e 2021, com o suíço Mauro Schmid a ser primeiro na edição de 2022. A edição deste ano vai decorrer entre 14 e 18 deste mês com cinco etapas. A 1.ª com partida e chegada a Scherpenheuvel-Zichem com 164,9 km, tem passagem por algumas montanhas, segue-se Merelbeke - Knokke-Heist com 175,7 km, o contrarrelógio individual em Beveren com 15,2 km, a 4.ª etapa tem partida e chegada a Durbuy com 172,6 km e no ultimo dia com partida e chegada a Bruxelas a etapa mais longa com 194,8 km. Entre as 21 equipas que completam o pelotão, seis são WorldTeams, Soudal-Quick Step, Alpecin-Deceuninck, Trek-Segafredo, Intermarché-Circus-Wanty, Astana e Team DSM, a que se juntam onze ProTeams e quatro Continentais. Mathieu van der Poel é a principal figura e favorito, a que se juntam nomes bem conhecidos, Jasper Philipsen, Lorenzo Rota, Alexander Kristoff, Fabio Jakobsen, Caleb Ewan, Sep Vanmarcke, Yves Lampaert, Thibau Nys, Florian Vermeersch, Rasmus Tiller, Toms Skujins, Vincenzo Albanese, Nils Eekhoff e Sam Welsford. Ao recordista em vitórias Tony Martin com três, seguem-se onze ciclistas com dois triunfos, dez belgas e o neerlandês Frans Maassen.