Wout Van Aert (Jumbo-Visma) foi o vencedor da camisola verde na Volta à França em 2022, mas para este ano o ciclista belga afirma ter outros objetivos. O Tour tem início a 1 de julho em Bilbau. «Ganhar a camisola verde no Tour é ótimo e importante, mas no ciclismo cruzar a linha de chegada em primeiro lugar é muito melhor. Às vezes a classificação por pontos atrapalha as vitórias nas etapas. Não quero ter de me concentrar nos sprints intermédios desde o início do Tour», afirmou Van Aert, que no ano passado venceu três etapas e foi um dos principais colaboradores de Jonas Vingegaard que venceu a classificação geral. Sobre a próxima edição da Volta à França adiantou: «Sou alguém que gosta de acreditar que quase não existem limites, mas quando se trata do Tour do ano passado, a ambição deve ser de fazer ainda melhor. Aquele Tour foi excecional, eu percebo isso e a equipa também.» Sobre a série da Netflix - Tour de France: Unchained, na qual também revela o desempenho de Van Aert, num dos episódios parece existir ressentimento entre Van Aert e o líder da classificação Vingegaard. Este último esperava que o belga o levasse a reboque após um ataque da equipa na etapa de Calais, qua Van Aert venceu isolado. «Finalmente pude assistir», disse Van Aert sobre a série. «Parece estranho, mas é verdade, embora eu desempenhe um dos papéis principais, não sabia o que seria visto. É bastante perturbador que as histórias fossem escritas no documentário por pessoas que não estavam lá. Para mim, a série é focada em comoção. O Jonas e eu somos os melhores amigos. O foco são os momentos em que é difícil fazer a escolha certa, mas também há tantos momentos em que nos fortalecemos e trabalhamos juntos. É uma pena que isso tenha sido removido», prosseguiu. Van Aert não hesita em falar da Covid-19: «O medo ainda existe e o Giro foi um alerta. O vírus ainda lá está. Estou especialmente chocado com o facto de vários companheiros de equipa estarem gravemente doentes, embora se trate de infeções leves». Wout Van Aert e sua esposa, Sarah De Bie, aguardam pelo nascimento do segundo filho no verão: «Não pretendo perder esse momento, é por isso que já disse que não levo o ranking dos pontos em consideração no Tour, mas é claro que quero assistir ao nascimento do meu filho.» Sobre o momento de forma acrescentou: «Ainda não estou no meu melhor, mas estou no caminho certo. Nos sprints em pelotão creio que vou estar um pouco curto contra homens como Merlier e Démare. Não vejo que as subidas sejam suficiente difíceis, para deitá-los ao mar.»