Wout van Aert era o grande favorito este domingo em Benidorm, Espanha, na 10.ª jornada da Taça do Mundo de ciclocrosse, mas o belga da Visma-Lease a Bike não correspondeu às expectativas criadas com a vitória impressionante em Termonde há duas semanas e na ausência ainda do arquirrival Mathieu van der Poel. Vencedor no ano passado neste circuito invulgar e rápido, Van Aert não foi além do quarto lugar, superado por Thibau Nys (Baloise Glowi Lions), que se impôs com brilho, mas também por Eli Iserbyt (Pauwels Sauzen - Cibel Clementines) e Lars van der Haar (Baloise Glowi Lions). «Não me senti muito bem...», admitiu a estrela belga em entrevista após a corrida. Começando a corrida bem atrás na linha de partida (por ter pontuação baixa na classificação da Taça do Mundo), Van Aert não fez um bom arranque e teve dificuldades em ganhar posições no pelotão até chegar ao grupo da frente, onde se manteve quase sempre recuado. Exceção a uma fugaz passagem pela liderança da corrida, depois de uma forte aceleração na penúltima volta, Van Aert definitivamente não esteve nos seus dias… «Cheguei rapidamente ao meu limite no início da corrida. Demorei muito tempo a chegar ao grupo da frente. Isso nunca é um bom sinal. Depois senti que não era o meu dia! A meio da corrida já conseguia sentir o cansaço a chegar. Estávamos constantemente a lutar de uma curva para a outra e havia poucos pontos no percurso onde podia recuperar. Na penúltima volta apostei numa aceleração, mas quando o Thibau atacou não consegui segui-lo. Tiro-lhe o chapéu! Esteve excecionalmente forte», explicou Wout van Aert. «Foi uma corrida super-rápida e não me senti muito bem. Nunca entrei no ritmo. Tenho treinado bastante, mas cada um vem como quer. Um dia é diferente do outro. Não foi muito mau, mas não tive pernas para fazer a diferença. Espero estar mais revigorado na próxima semana e terminar em Maasmechelen [11.ª prova da Taça do Mundo, onde está previsto defrontar Van der Poel pela segunda e última vez esta temporada de ciclocrosse] com uma sensação melhor», conclui Van Aert.
