O suíço Colin Stussi (Vorarlberg), vencedor da 7.ª Etapa da Volta esta quinta-feira, na extensão de 162,6 km, entre Torre de Moncorvo e o alto da serra do Larouco (Montalegre), sorriu de orelha a orelha e confessou-se surpreendido por ter destronado Artem Nych (GlassDrive) como novo líder de uma prova cuja mudança constante de comandante da classificação geral aumenta a emoção e engrandece. «Estou nas nuvens. É uma sensação fantástica ganha uma etapa na Volta a Portugal e mais ainda vestir esta camisola [amarela]. Se calhar, preciso de mais alguns minutos para cair em mim e perceber a dimensão do que aconteceu esta quinta-feira. Mas estou muito feliz e agradecido à equipa pelo trabalho», disse aos jornalistas no alto da serra do Larouco, o gigante (1,97 m) suíço de 30 anos do Team Vorarlberg, vencedor da 7.ª Etapa da Volta e novo líder da classificação geral. «Os outros estão assustados comigo? [risos] Portugal é uma corrida antiga e difícil, e a Volta não acaba até estar, mesmo terminada. Podemos ter um dia mau, ou de pouca sorte ou má corrida. Vou dia a dia e veremos o que acontece depois do contrarrelógio [domingo, dia 20, Viana do Castelo, a fechar a Volta, a 10.ª Etapa]», foram as cautelas do corredor natural de Glarus da equipa austríaca. Simpático e sorridente, de tez lixívia a mais para o sol e calor da primeira semana da Volta, Colin admitiu que a ‘amarela’ era objetivo idealizado mas não tido como principal: antes hipótese que não desdenhavam antes do início da prova, mas que não estava como meta principal da Vorarlberg… e sua. «Quando vim para a Volta, apontaram-me como candidato ao ‘top 10’ final, e eu disse ‘OK’, que assinava de cruz, de antemão, se isso acontecesse. Estou um pouco surpreso comigo próprio. Treinei-me bem, tenho tido uma boa época até aqui. Talvez ainda sem uma vitória, mas a temporada tem sido boa, com boas prestações. Penso que, agora, está tudo a conjugar-se», admitiu um suíço encantado num cenário idílico do Larouco mais próprio do seu país: majestosas serras e montanha. Mas faltam três dias para terminar a prova, em Viana do Castelo, e todos os sonhos e ilusão são legítimas para um corredor apontado como um dos possíveis candidatos à partida. O contrário, como o próprio Stussi reconhece… é que seria notícia. «Sim, só faltam três dias para Viana do Castelo e acabar a Volta. Não sei como vai ser. Agora a prioridade são os próximos dois dias, e depois veremos o que sucede no último dia», concluiu o novo líder da Volta, com 28 segundos de vantagem sobre o anterior, o russo Artem Nych (GlassDrive-Q8-Anicolor).