Em comunicado divulgado na manhã de sábado, a UCI condena a utilização de helicópteros nos finais das etapas para transportar ciclistas, com aconteceu depois da chegada no Gran Sasso em Campo Imperatore na sexta-feira, e acusa as equipas de falta de fair-play sem citar os seu nomes. «A UCI apurou que no final da 7.ª etapa do Giro d’Itália, Cápua - Gran Sasso, alguns ciclistas usaram helicópteros para abandonarem a zona de chegada. Esta vantagem representa uma total falta de equidade desportiva e contraria as disposições regulamentares que visam igualdade de tratamento na transferência das equipas para os hotéis. Além disso, o uso de um helicóptero também contraria o principio de minimização de emissões, conforme especificado pelos organizadores do Circuito Mundial. Com o firme desejo de impedir a propagação destas práticas, a UCI tomará as medidas necessárias (incluindo eventuais sanções) para que tal não volte a acontecer. A UCI condena veemente esta total falta de justiça e igualdade de oportunidades, que são valores fundamentais do desporto.» Depois da chegada a Campo Imperatore, o plano traçado pela organização passava pelas equipas descerem em fila, demorando cerca de uma hora a chegarem aos autocarros estacionados no sopé do Gran Sasso. A alternativa seria descer no teleférico, que se encontrava com a lotação esgotada, com o risco aumentado dos ciclistas serem infetados com covid-19, e só chegariam ao hotel cerca das 22 horas. «Os teleféricos não estavam reservados pela organização para transportar os ciclistas. Cada equipa que chegava tinha que lutar contra as outras para conseguir uma vaga», afirmou Ignatas Konovalovas, diretor desportivo da Groupama-FDJ. Segundo foi divulgado, apenas a Soudal-Quick Step e Bahrain-Victorious alugaram helicópteros para regressarem mais cedo, situação que passou pela organização (RCS Sports) que disponibilizava esse meio de transporte mediante pagamento por parte das equipas. A Ineos-Grenadiers confirmou em comunicado que o ciclista Filippo Ganna foi infetado por covid-19, e não vai alinhar à partida da 8.ª etapa em Terni; «Depois de testar positivo ao covid-19, e apresentar leves sintomas de gripe, Filippo Ganna tem que deixar o Giro. Vai descansar e recuperar totalmente antes de regressar ao programa de corridas para a temporada de 2023». Foi a segunda vez que o antigo campeão do mundo de contrarrelógio contraiu o vírus, depois de ter sido infetado em novembro de 2020, demorando algum tempo a recuperar. Filippo Ganna é o quarto ciclista a deixar a Volta à Itália com Covid-19, depois de Clément Russo (Arkéa), Giovanni Aleotti (Bora) e Nicola Conci (Soudal) já terem regressado a casa pelo mesmo motivo.