A queda provocada pelo polaco Filip Maciejuk (Bahrain-Victorious) no decorrer da Volta à Flandres e que envolveu mais de 50 ciclistas, está a ser analisada pela UCI, que além da expulsão da corrida que aconteceu na altura, estuda medidas adicionais. «A sua manobra foi absolutamente despropositada. O corredor nunca deve comprometer a segurança dos seus companheiros», afirmou o coordenador da UCI, Peter Van Den Abeele. O ciclista com 23 anos, que no decorrer da prova ingressou no autocarro da equipa, confessou o seu erro, pediu desculpa pelo sucedido nas redes sociais, mas a situação parece não estar resolvida. Outras medidas podem vir a acontecer. O ciclista irá comparecer perante o Comité Disciplinar da UCI e uma possível suspensão ou multa adicional, poderá vir a ser decidida. A UCI para fundamentar qualquer sanção adicional baseia-se nos regulamentos. «Fomos criticados quando introduzimos a regra de que não era permitido andar nas trilhas fora do asfalto e as consequências estão à vista com Tom Wellens a sofrer fratura de uma clavícula», frisou Van Den Abeele. As organizações, especialmente nas clássicas da primavera flamengas, estão preocupadas com a segurança dos ciclistas e apelam para que todos assumam as suas responsabilidades. «No futuro queremos ser capazes de antecipar em vez de reagir às quedas. É por isso que estamos a trabalhar com equipas como a Jumbo e Ineos», concluiu o dirigente da UCI. «É claro que que não foi uma jogada inteligente por parte de Maciejuk. Acho que ele já foi punido o suficiente nas redes sociais. Não o conheço pessoalmente, mas suponho que ele teria dado a sua clavícula para não ser o causador desse acidente maciço», afirmou Tim Wellens que foi operado no hospital de Herentals e espera recomeçar a preparação dentro de duas semanas.
