A Volta à Grã Bretanha feminina que devia realizar-se entre 6 e 11 de junho foi cancelada por dificuldades financeiras, segundo informou a Sweetspot, entidade organizadora da competição, que admite a possibilidade da corrida regressar no próximo ano desde que tenha apoios garantidos. A competição britânica fundada en 2014, teve um aumento de custos em cerca de 20 por cento, sem patrocínios para três das quatro camisolas de lideres e tendo como receita apenas o pagamento do inicio e finais de etapas pagas pelas entidades locais, não tem hipóteses de continuar. A organização procurou um patrocinador para a camisola amarela que não resultou, a que se juntou a falta de apoios oficiais e a renuncia da Skoda em fornecer veículos para a corrida masculina e feminina, que aumentaria o orçamento em cerca de 25 mil libras. No inicio de março, a Sweetspot lançou uma campanha de crowdfunding para tentar conseguir 100 mil libras para um orçamento de cerca de 500 mil libras. Na quinta-feira o total conseguido era de pouco mais de 18 mil libras, pelo que perante tantos buracos orçamentais a decisão foi cancelar o evento. A organização agradeceu os apoios da campanha, adiantando que o dinheiro será reembolsado. Um das inovações da corrida foi ser transmitida pela televisão em canal aberto, situação que originou um conflito com os regulamentos da UCI devido ao déficit financeiro, o que significa que a organização não conseguiu fornecer a cobertura ao vivo que é exigida a todos os eventos da UCI Women’s World Tour. A situação agravou-se em virtude da ITV, emissora anfitriã não estar dispostos a pagar para exibir as imagens da corrida. As ultimas vencedoras da competição foram a italiana Elisa Longo Borghini em 2022 e a neerlandesa Demi Vollering em 2021, a corrida não se realizou em 2020 devido à pandemia.
