Sangalhos, em Anadia, terra de ciclistas, de equipa de tradições no ciclismo nacional, viu esta quinta-feira a partida da 1.ª etapa da volta, rumo a Ourém, na distância de 188,5 km, com um anormal ajuntamento de efetivos da GNR, acompanhados pelas suas potentes ‘bombas’ do contingente de motos que acompanha a Volta. E neste segundo dia de competição, o aprumar imediato, o bater dos calcanhares das botas e a continência imediata chamou a atenção de todos no Velódromo de Sangalhos. O caso não foi para menos. O próprio Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana, Santos Correia, veio do Largo do Carmo (Lisboa) ao Velódromo ver como estavam os militares que vão zelar pela prova, num total de 21, tantos como as motos (mais uma, sobressalente, numa zorra, caso haja algum azar, para substituir). Um destacamento que será comandado, até dia 20, pelo capitão Luís Canhoto, mas neste dia alargado com mais algumas dezenas de oficiais, ou não fosse o primeiro da GNR: nas zonas urbanas, como Viseu, a PSP tem a jurisdição. Os novos fatos dos ‘motards’ da GNR, reforçados com ‘airbag’ no peito, bem como caneleiras, que permitem a circulação de ar, são «bem mais frescos, tal como os capacetes, com refletores adicionais para melhor visibilidade», disse a A BOLA o major António Maio, ontem interlocutor da esperança dos militares em que tudo corra pelo melhor. E sabe do que fala: já fez vários Paris-Dakar. «Cada um são dois ralis: quando consigo patrocínios e orçamento para participar, respiro de alívio e começo a preparar-me para a corrida propriamente dita», disse-nos António Maio, confiante «no bom senso» dos portugueses para não se porem a jeito e acatarem as indicações do efetivo desta força, apetrechada e alindada para a festa da Volta com blusões agora bem menos pesados e quentes do que até aqui… e potentes Yamaha 1300cc.