Desporto Santa Casa e Ana Jorge cortam no apoio ao desporto
Na contagem decrescente para os Jogos Olímpicos Paris 2024, a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Ana Jorge, avisou várias federações desportivas para cortes nos apoios ainda neste ano.
As federações desportivas foram avisadas através de cartas assinadas pela própria antiga ministra da Saúde, que assumiu funções na SCML a 2 de maio último. É referida a revisão do plano de patrocínios dos Jogos Santa Casa delineado para 2023, além de os contratos em vigor não estarem assegurados.
Nas cartas, Ana Jorge desafia as entidades desportivas a «compreenderem» a decisão, que se prende com a conjuntura económico-social e a necessidade de reforçar o apoio às populações mais vulneráveis, face a uma procura crescente dos serviços prestados pela Misericórdia de Lisboa.
A provedora alega ainda uma significativa perda das receitas provenientes dos jogos sociais do Estado. Embora seja o próprio desporto em geral a financiar as atividades da SCML.
Entre as entidades apoiadas pelos Jogos Santa Casa constam o Comité Olímpico de Portugal, o Comité Paralímpico de Portugal, a Confederação do Desporto de Portugal, as federações de equestre, motociclismo, andebol, atletismo, canoagem, ciclismo, futebol, ginástica, judo, natação, patinagem, remo, râguebi, surf, ténis de mesa, triatlo, voleibol e de desporto para pessoas com deficiência.
No site da SCML é destacado o papel do desporto «no combate à exclusão e à discriminação, assim como na promoção de uma sociedade mais igualitária, inclusiva e justa». São referidas ainda «as muitas entidades e desportistas que beneficiam dos apoios, com especial destaque para a caminhada olímpica, paralímpica e surdolímpica, sem descurar o desenvolvimento do desporto adaptado e o crescimento do desporto feminino». É também enaltecido «o apoio ao desporto nacional, ao talento desportivo e aos grandes eventos nacionais como um dos principais desígnios dos Jogos Santa Casa».