O regresso de Nairo Quintana à Movistar não está a ser tão aclamado no seio da equipa como se previa. A entrada do corredor colombiano para a estrutura da telefónica espanhola, a partir de 2024, coincidirá com a saída de um dos seus diretores desportivos, Yvon Ledanois. O francês está de volta à Arkéa-Samsic, equipa que deixara em 2022 após cinco anos na direção desportiva e de Quintana ter sido desclassificado da Volta a França desse ano por ter acusado positivo a tramadol, um analgésico potente proibido pela União Ciclista Internacional (UCI) desde 1 de março de 2019 e a partir de 1 de janeiro faz parte da lista de negra da Agência Mundial Antidopagem. Na altura, Ledanois, que depois ter sido decretada a penalização a Nairo Quintana assumiu-se contra a permanência do corredor na equipa, negou, todavia, que a sua saída não se devesse a essa divergência. Em declarações ao Ouest France, Yvon Ledanois disse que saiu por vontade própria para «novos desafios» na carreira, e apesar de admitir não ser amigo de Quintana, a sua decisão nada tinha a ver com o colombiano. Ledanois e Quintana já tinham trabalhado juntos na Movistar, em 2012, coincidindo no ano de estreia do ciclista na equipa, mas na temporada seguinte o francês fez a primeira fuga ao atleta sul-americano, rumando à BMC, onde esteve cinco épocas até se juntar, em 2018, ao projeto Fortuneo-Samsic, que deu originam um ano depois à Arkéa-Samsic. Yvon Ledanois estava há apenas um ano na Movistar e ainda não se conhecem motivos para a terceira debandada coincidente com a presença de Nairo Quintana.