Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor) tem a camisola amarela presa por centésimos, após a primeira etapa da Volta a Portugal, esta quinta-feira, entre Anadia (Sangalhos) e Ourém, ganha ao sprint pelo venezuelano Leangel Linarez (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua), que o igualou (ao segundo) no topo da classificação geral. No final da tirada, de 188,5 km, o português, vencedor do prólogo na quarta-feira, falou de um dia mais difícil do que o previsto. Pelo relevo acidentado da etapa, mas não só… «Como disse em Viseu, estamos limitados por várias circunstâncias. Falta-nos força de trabalho. Temos quatro dias até à etapa da Torre, e é difícil controlar a corrida só com dois elementos de trabalho na nossa equipa, o Fábio [Costa] e o [Luís] Mendonça. Controlar etapas de 190 km é complicado, e esta parecia mais acessível no papel, mas teve um relevo de parte-pernas. Lutei pelas bonificações, e pronto, fiz o melhor que pude, e consegui manter a amarela. Mas não sei se não terei de entrar ao serviço mais cedo do que o previsto. Também venho [a esta Volta] para ajudar os meus líderes», desabafou o corredor de 31 anos. Rafael Reis descreveu, ainda, as incidências de uma etapa em que teve de batalhar nas metas volantes bonificadas por segundos que se revelaram determinantes para continuar a envergar a camisola amarela - a de líder da classificação geral, porque a da sua equipa, Glassdrive, tão o-é. «Acabou por haver uma fuga de cinco elementos, a equipa do Louletano tentou anular a fuga, mas dois conseguiram escapar e acabei por bonificar um segundo na primeira meta volante, como terceiro classificado. Mas o plano não era atacar nas bonificações. Na última meta volante, continuam dois em fuga, e acabei por bonificar outra vez, mais um segundo, que me deu a vantagem dos centésimos de segundo de Viseu para manter a ‘amarela’. Mas não era o plano».