«Quero continuar no Benfica, mas com melhores condições»
Pedro Pichardo revela que vai reunir-se com Rui Costa quando chegar a Lisboa
PARIS - Pedro Pablo Pichardo revelou nesta sexta-feira, pouco depois de conquistar a medalha de prata no concurso do triplo salto dos Jogos Olímpicos, que espera resolver o diferendo com o Benfica, clube com o qual tem contrato até ao ciclo olímpico de 2028.
O atleta diz esperar reunir em breve com Rui Costa, presidente do clube, para tentar encontrar uma solução que pode passar pela saída do clube, ou a permanência com outras condições, e sem ter de lidar com a coordenadora do projeto olímpico, Ana Oliveira.
«Gostava de continuar no Benfica. Vou chegar a Lisboa e reunir com Rui Costa, que me mandou uma mensagem antes de eu vir para cá. Vamos tentar resolver a situação. Quero continuar, mas com melhores condições, e que a Ana Oliveira me deixe em paz. Está a chatear-me muito. Temos de encontrar uma solução, nem que seja deixarem-me sair. Vamos ver», disse Pedro Pichardo na zona mista.
Pichardo revelou ainda que devido às divergências com o Benfica perdeu a alegria de treinar e competir, razão que o faz ponderar terminar a carreira.
«Tenho perdido aquela emoção, aquela felicidade que tinha pelo desporto e pensei em aposentar-me aqui, hoje. Era isso que estava na minha cabeça: esta ser a minha última prova. A minha família tem falado comigo para ver se continuo mais tempo, porque a minha saúde está boa, ainda tenho 31 anos, mas não sei», continuou.
Questionado sobre qual seria a decisão se tivesse de a tomar no momento, porém, o agora vice-campeão olímpico admitiu que gostaria de continuar, mas com melhores condições.
«Eu gostava de continuar a treinar em Portugal e seguir no Benfica. Mas gostava de ter condições. Acho que pelo tenho conquistado, mereço ter uma estrutura de treino bem formada. Infelizmente, não tenho tido. Treino num sítio, depois tenho de sair. A Câmara de Setúbal tem tentado dar-me condições, mas também não é obrigação deles. A Federação [de Atletismo] também, mas infelizmente não tem muito apoio. Tem sido difícil», reforçou.