Quem diria? Bale e Gasol brilham na estreia

Golfe Quem diria? Bale e Gasol brilham na estreia

GOLFE06.02.202320:28

Pau Gasol, melhor basquetebolista espanhol de sempre, estrela da NBA, onde ganhou dois títulos (LA Lakers) e marcou 20 mil pontos, é confesso amante do desporto dos 18 buracos, modalidade para a qual despertou com maior intensidade durante a pandemia e o confinamento.

O pé esquerdo de Gareth Bale, o mais internacional jogador do País de Gales (111 internacionalizações), deixou os relvados no passado mês de janeiro, mas nem um mês depois, o antigo futebolista do Tottenham e Real Madrid volta a pisar um campo verde. Num ápice, o vencedor de 5 ligas dos Campeões Europeus pendurou as chuteiras, trocou os pés pelas mãos, caçou luvas e pegou em tacos de golfe.

Os dois deixaram os cestos e os golos em prol dos birbies, puts e swings e estrearam-se no circuito PGA Tour, no AT&T Pebble Beach Pro-Am. Na 85.ª edição daquele que é um dos afamados torneios nos EUA (9 milhões de dólares em prémio) disputado em três campos, em San Diego, Califórnia (EUA), aberto a profissionais (156) e amadores (156), muitos deles celebridades do desporto, cinema e música, Gasol caminhou ao lado do profissional Mark Hubbard.

Devido ao mau tempo a prova foi encurtada ao terceiro dia. Ao 54. º buraco, o catalão fixou-se no top-9 e entregou o cartão com 18 shots pancadas abaixo do Par do campo. Bale fez parelha com o norte-americano Joseph Bramlett, n.º 217 do ranking mundial e terminaram em 16.º no leaderboard, 16 abaixo do Par.

A antiga estrela do Barcelona e da seleção espanhola de basquetebol, que já andou por outros torneios pro-am, não deixou ninguém indiferente. «É um desporto que mantém os pés no chão», disse Gasol, 42 anos, que nunca pegou num taco durante a carreira profissional no basquetebol. “Se quiser melhorar, ser mais competitivo, tenho de treinar constantemente. Neste momento de transição da minha vida, é exatamente disso que preciso”, frisou o jogador mais alto no AT&T (2,15 metros).

«Vi-o jogar e sei que tem mãos excelentes», acrescentou Hubbard. «O que me surpreendeu é o swing, os tacos são quase tão altos quanto ele, mas tem uma ótima coordenação e controle», rematou.

A prestação do galês criou “inveja” nos adversários. «Disse ao Gareth: não podes ser tão bom no futebol profissional e no golfe ao mesmo tempo. Não me parece justo», atirou, com ironia, Jon Rahm, nº. 3 mundial parceiro de Bale no campo Torrey Pinnes course, em San Diego.

«Ver as pessoas a elogiar o meu jogo é incrível», exaltou o antigo futebolista, 33 anos, não esquecendo a «demasiada pressão nos meus ombros», sustentou o ex-futebolista e confesso apaixonado de golfe. «Na minha casa no País de Gales, tenho uma réplica do buraco 17 de Sawgrass, o Postal Stamp, de Royal Troon e o 12.º de Augusta, menos a água porque é um pouco perto de casa!», disse Gareth Bale, handicap 2.

No final, na competição reservada às celebridades do desporto, quem sorriu foi Aaron Rodgers, quarterback dos Green Bay Packers, handicap 10, em parelha com Ben Silverman. A dupla escreveu no cartão 25 pancadas abaixo do Par. Nos profissionais, o vencedor foi Justin Rose (-18, 269 no agregado).