Apesar de ter perdido o título europeu que tinha conquistado em 2022, Pedro Pichardo optou por elogiar o concurso e o adversário que arrebatou o ouro com um salto a 18,18m, a terceira melhor marca de sempre, batendo o português que chegou aos 18,04m, novo recorde nacional. «Foi uma loucura! Foi um bom ‘show’, com os dois acima dos 18 metros. Hoje mostrámos que temos mentalidade para saltar 18 metros, que estamos preparados. Hoje em dia, saltar 17,80m ou 17,90m não surpreende muito, acho que todos somos capazes», disse, citado pela Lusa, ele que antecipa que nos Jogos Olímpicos as coisas podem ser ainda melhores. «Anteontem [no domingo], já tinha avisado que ia ser bom e saltei 18 metros, por isso, aviso já que em Paris também vai ser bom», atirou, enumerando os nomes do cubano Andy Díaz, cuja naturalização por Itália se torna efetiva a 1 de agosto, mas também com o jamaicano Jaydon Hibbert, com o cubano Lázaro Martínez ou com Hugues Fabrice Zango, do Burkina Faso. O português garantiu ainda que o salto de 18,04m não lhe deu particular confiança de que iria ganhar, porque conhece o valor do rival de 23 anos. «Nunca acreditei que tinha ganhado. Eu sabia que ele podia fazer um salto assim. Por isso eu também treinei bastante para chegar aqui e saltar bem longe. Cheguei aos 18 metros, algo que não fazia desde 2015», sublinhou. «Noutras competições teria dado para o pódio...» Também Tiago Pereira falou no final aos jornalistas, recusando sair desiludido depois de ter perdido a medalha de bronze no último salto do francês Thomas Gogois. «Não posso dizer que estou muito desiludido, pois saltei o meu melhor deste ano, não saltei mal. Não estou, de facto, triste por perder assim a medalha, mas também sei que tenho trabalhado para conseguir saltar mais longe. Hoje voltei aos quartos lugares. Tenho de continuar a trabalhar para estar cada vez mais perto deles. Noutras competições isto teria dado para estar no pódio, mas hoje não foi assim», lamentou.
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