Pelotão nacional mantém nove equipas continentais
James Wellan trocou Glassdrive pela Q36,5; ABTF-Feirense e Efapel apostam na renovação
Decorre na Federação Portuguesa de Ciclismo/UVP o processo de inscrição das equipas continentais portuguesas para a temporada de 2024, mantendo-se as nove da última temporada: ABTF Betão-Feirense; AP Hotels & Resorts-Tavira-Farense; Aviludo-Louletano-Loulé Concelho; Credibom-LA Alumínios-Marcos Car; Efapel Cycling; Kelly-Simoldes-UDO; Radio Popular-Paredes-Boavista, Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua e Sabgal-Anicolor (que substitui a Glassdrive-Q8-Anicolor), uma opção da Fullracing liderada por Carlos Pereira, que aposta num patrocinador com contrato válido para as próximas três temporadas, com opção por mais três até final de 2029.
Na documentação a ser apresentada pelas equipas para a solicitação de licenças devem constar as informações de patrocínio, orçamentos, garantias bancárias, contratos de corredores e estrutura de pessoal, que serão analisados por um auditor externo, que verificará se respeitam os critérios desportivos, administrativos, éticos, financeiros, organizacionais e os regulamentos da UCI, sendo enviados à UCI.
Até ao dia 1 de novembro, as equipas terão de pagar a taxa UCI no valor de 4.550 euros e 3.500 euros para as equipas que pretendam participar em provas do circuito ProSéries em 2024 (Figueira Champions e Volta ao Algarve). Os regulamentos das Equipas Continentais masculinas, também se aplica às Equipas Continentais Femininas embora em Portugal apenas existam equipas de clube. O mais tardar no dia 9 de novembro toda a documentação terá que estar em conformidade com os regulamentos.
Na constituição de equipas, ao numero mínimo de 10 corredores para as equipas continentais e 8 para as equipas continentais cemininas UCI, encontra-se determinado um máximo de 16 para ambas, que poderão ter até três ciclistas com estatuto neoprofissional e o máximo de 40% de ciclistas com nacionalidade fora dos Países da União Europeia, excluindo-se desta contabilização os ciclistas com nacionalidade dos países da CPLP e países associados na UIC (União Ibérica de Ciclismo). Uma equipa para se inscrever em Portugal, a nacionalidade da maioria dos ciclistas terá de ser portuguesa.
A composição mínima da estrutura técnica será a seguinte; um diretor desportivo (responsável pela equipa), um diretor financeiro, um treinador de nível 3, um treinador-adjunto com o mínimo de nível 2, um mecânico, dois agentes de saúde no desporto (ASD, paramédico/massagista/fisioterapeuta, etc.) e um médico responsável pelo acompanhamento da equipa.
A taxa de filiação na FPC/UVP é de 500€/ano para as equipas continentais masculinas e femininas, 300€ para qualquer ciclista que estabeleça com a equipa um contrato profissional, sendo que a retribuição mínima anual será de 50% dos 100% do ordenado mínimo aprovado em OE 2024, para os ciclistas neoprofissionais, sub 23 de 100% ordenado mínimo aprovado em OE, para os ciclistas com idade sub 25 é de 1.400€/ano para os restantes, a que se junta as taxas de filiação na FPC/UVP, 500€ ano/Equipas Continentais masculinas e femininas UCI, 300€/ano para ciclistas elites equipas UCI, 75€/ano para ciclistas sub 23 equipas UCI, a estrutura técnica encontra-se sujeita ao regulamento financeiro 2024.
No que se refere a transferências, confirma-se que o australiano James Wellan com 27 anos e que representou na última temporada a Glassdriv-Q8-Anicolor, chegou a acordo com os suíços da Q36,5 Pro Cycling Team, recorde-se que foi o vencedor da etapa da Volta a Portugal que finalizou na Senhora da Graça e 8.º na classificação geral, 5.º no Trofeu Joaquim Agostinho, 18.º no Grande Prémio Douro Internacional e no GP Beiras e Serra da Estrela, 15.º no Grande Prémio Anicolor e 2.º na Klassika Olot.
A Efapel liderada por José Azevedo chegou a acordo com o russo Viacheslav Ivanov que representou o Team MP Group (Espanha) e com o colombiano Santiago Mesa (ex-ABTF-Feirense). Pedro Castro Pinto (ex-Fonte Nova), Flávio Costa e Pedro Silva (ex-Glassdrive) também chegaram a ABTF-Feirense) que renovou com António Carvalho aos quais se junta António Ferreira (ex-Kelly) e o espanhol Óscar Cabedo (ex-Team Vorarlberg) e Diogo Gonçalves (Ex-S. M. Feira-Segmento D´Época).
Luís Fernandes trocou a Radio Popular-Paredes-Boavista pela Credibom-LA Alumínios-Marcos Car, Francisco Guerreiro deixou a Efapel e ingressou na Kelly-Simoldes-UDO, Gaspar Gonçalves transitou da Efapel para Aviludo-Louletano-Loulé Concelho o mesmo aconteceu com o espanhol Sérgio Garcia Gonzalez (ex-Glassdrive), Hélder Gonçalves (Kelly Simoldes) assinou pela Radio Popular-Paredes-Boavista, Afonso Silva (Kelly Simoldes) muda-se para a AP Hotels & Resorts-Tavira-Farense, da qual chegam ao fim de carreira David Livramento, Rafael Lourenço e Valter Pereira, na formação algarvia confirma-se o ingresso do sprinter Francisco Campos (ex-W52-FC Porto, Fonte Nova e Bai-Sicasal), a curto prazo irão surgir mais algumas alterações que podem incluir dois ou três nomes importantes, falando-se de três reforços para a Sabgal-Anicolor, um dos quais vindo de uma equipa World Tour, o objetivo é que a equipa de Águeda consiga resultados que a possam conduzir em 2025 à categoria ProTeams.
O Grande Premio Beiras e Serra da Estrela vai ser cancelado, não se realizando em 2024 por questões organizativas.
A partir de 1 de janeiro de 2024, os vencimentos mínimos determinados pela Federação Portuguesa de Ciclismo passam a ser os seguintes: ciclistas profissionais 14.000 €/ano, ciclista com contrato profissional até sub-25 ordenado mínimo nacional do OE 2024 – 14 meses; ciclistas neoprofissionais sub-23 100% do ordenado mínimo nacional OE 2024 – 14 meses, estrutura técnica não se encontra definido. 7
O colombiano Nicolas Sáenz com 26 anos e que corre em Portugal desde 2020, renovou contrato com a Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua.