Nelson Oliveira sexto no Europeu de contrarrelógio
Nelson Oliveira volta a terminar um contrarelógio do Europeu dentro do top 10

Nelson Oliveira sexto no Europeu de contrarrelógio

CICLISMO20.09.202320:19

Português junta este resultado ao quarto lugar na estreia nesta competição em 2016, em França

Nélson Oliveira foi sexto classificado no contrarrelógio individual de elite do Campeonato da Europa de estrada, em Drenthe, nos Países Baixos. Resultado prestigiante para o experiente e fiável corredor português, que aos 34 anos soma mais um top-10 ao seu vasto currículo em competições continentais, mundiais e olímpicas nesta disciplina do ciclismo.

O mais veterano da Seleção Nacional nestes Europeus neerlandeses teve mais um desempenho em crescendo, como é seu apanágio no contrarrelógio. Aos 10 quilómetros, no primeiro ponto de cronometragem, registava o 10.º melhor tempo e ao quilómetro 24 subia ascendia ao oitavo, para concluir a prova dois lugares acima, cumprindo o trajeto de 29,8 quilómetros em 32.41,91 minutos, a uma média de 54,6 km/h. 

«Depois da Volta a Espanha, não sabia como as pernas iriam reagir. Felizmente, senti-me bem. O percurso totalmente plano favorecia os corredores com mais peso, mas acho que fiz um bom contrarrelógio. O vento acabou por não ter influência no resultado, porque se manteve constante ao longo de toda a prova. Na fase final o vento lateral tornava mais difícil segurar a bicicleta, o que tirou alguma concentração», declarou, no final da prova, Nelson Oliveira, que tem como melhores resultados em Europeus e Mundiais de contrarrelógio dois quartos lugares – em 2016 no Europeu em Plumelec (França) e em 2017, o seu ponto máximo, no Mundial em Bergen (Noruega).

Joshua Tarling sagrou-se campeão da Europa aos 19 anos

O jovem britânico Joshua Tarling, de apenas 19 anos, conquistou o título europeu com um registo de 31.30,01 minutos, a uma média de 56.762 km/h, para superar por 42,92 segundos o anterior campeão, o suíço Stefan Bisseger, que conquistou a medalha de prata, e por 43,14 segundos o favorito belga Wout van Aert, que completou o pódio com a medalha de bronze.

O segundo representante português, Ivo Oliveira, obteve a 18.ª posição. «Estou muito satisfeito com este resultado. Comecei bem, mas temi que pudesse quebrar na fase final, até porque faço muito poucos contrarrelógios com distâncias tão longas e porque estou a antibióticos devido a sintomas gripais, mas consegui uma prestação regular», explicou o gaiense, que registou o tempo de 33.20,88 minutos.

Ivo Oliveira terminou a prova no 18.º lugar

Daniel Campos «super» 

Daniela Campos foi a única representante portuguesa no contrarrelógio de sub-23. A algarvia completou os 20,6 quilómetros em 26.55,13 minutos, na 16.ª posição, distante da britânica Zoe Backstedt, única ciclista a terminar na casa dos 24 minutos, com 24.25,89. A segunda foi a alemã Antonia Niedermaier, a 57,51 segundo. A finlandesa Anniina Ahtosalo fechou o pódio, a 1.33,47 minutos.

Daniela Campos (16.ª) necessitou de 26.55,13 minutos para percorrer os 20,6 km

«Tive as melhores sensações possíveis para um contrarrelógio, exercício que já não fazia há mais de um ano. Independentemente do resultado, o desempenho foi super. Só tenho de estar feliz com as minhas sensações, que são importantes para a prova de fundo», afirmou Daniela Campos.

Morgado e Tavares discretos

Os sub-23 masculinos também estiveram em competição. António Morgado foi 20.º classificado e o melhor português, a 1.38,43 m do vencedor, o belga Alec Segaert, que conquistou o título europeu neste escalão jovem, à frente dos dinamarqueses Carl-Frederik Bévort, segundo, a 37,60 segundos, e Gustav Wang, terceiro, a 52,22 s. 

Apesar do resultado distante de poder ser considerado positivo, Morgado ficou satisfeito com o seu desempenho. «Desenvolvi a potência que contava e sabia que a diferença para o primeiro deveria ser inferior a dois minutos, o que aconteceu».

Gonçalo Tavares teve a sua exibição prejudicada por indisposição física e não foi além do 29.º tempo, com 24.44,60 minutos. «Apesar de ter boas pernas, senti-me agoniado e vomitei duas vezes durante a prova». 

Rui Oliveira é baixa para corrida de fundo

A seleção nacional para a prova de fundo de elite tem uma baixa de última hora. Rui Oliveira ressentiu-se da lesão sofrida pela queda na última semana da Volta a Espanha e, por decisão do departamento clínico da Seleção Nacional, foi sujeito a um exame radiológico esta quarta-feira, detetando-lhe uma fratura no braço. 

É uma lesão impeditiva de participar no Campeonato da Europa e, atendendo ao momento em que foi detetada, o corredor não será substituído para a prova do próximo domingo.